As chances de o senador paraibano Vital do Rego Filho ser alçado à condição de ministro da Integração nos próximos dias são maiores do que o mais pessimista e arqui-rival possam imaginar.
Mas, ao contrário também do que alguns possam imaginar, completando 50 anos amanhã, Vitalzinho só chegou aonde chegou pela inteligência aguda que tem e por sempre costumar decidir ouvindo a voz da razão.
No momento, não há para ele foco maior do que viabilizar a candidatura do irmão/filho Veneziano a governador e quem conhece bem Vital sabe que para ele querer é poder.
Quais as vantagens e desvantagens de se assumir uma pasta como a Integração as vésperas de um ano eleitoral?
Vitalzinho é presidente da poderosa CCJ do Senado e foi eleito corregedor da Casa e isso já é poder demais e aos cinquentinha ele tem dito que dá passo maior do que as pernas.
Percebem que ele anda tão comedido que poderia, mas não reivindicou a presidência do PMDB estadual, preferindo deixar a função para o ex-governador Zé Maranhão, a pessoa a quem é muito grato e tem estima.
Se aceitar o ministério o empresário Raimundo Lira assume a vaga e isso traz musculatura empresarial à campanha de Veneziano ao governo.
Mas, Vital tem dito que ter um partido forte e um bom candidato já baste e que o resto é conseqüência. Assim sendo, a decisão que o novo cinqüentão da praça vai maturar será pensada e repensada junto ao seio familiar neste final de semana.
O PMDB nacional quer, o vice-presidente Michel Temer endossa, o PT e a presidente aguardam uma resposta positiva, mas tudo na vida gera bônus e ônus e Vital precisa de um tempo para decidir.
Esclarecido fica que a consulta que o PMDB estava fazendo não era para trocar a candidatura de Veneziano pela de Vital, como o colunista Walter Santos anunciou a partir de uma alta fonte da legenda, mas para saber se o senador Vital era um nome de consenso para assumir o ministério da Integração.