Mais uma vez, os servidores da saúde de Campina Grande denunciaram a situação de negligência que encaram diariamente na cidade. Há dois anos sem reajuste salarial, conforme informado pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), a categoria também tem outros direitos essenciais negados, sobretudo diante de uma pandemia. Faltam equipamentos de proteção individual (EPIs) e demais condições de segurança de trabalho, além de não haver o cumprimento de Planos de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), criados em 2012 e descumpridos até então, sofrendo ainda com o corte de gratificação.
As denúncias foram reforçadas durante assembleia virtual realizada na semana passada, sob a coordenação do Sintab. Tendo em vista a gravidade da situação, que coloca em risco a vida destes trabalhadores, os efetivos definiram algumas mobilizações, para cobrar a solução dos problemas e divulgar para toda a população, o desrespeito, a sobrecarga e o abandono que enfrentam.
Entre as ações previstas para os próximos dias estão à divulgação de vídeos, matérias e outras mídias, além da circulação de carros de som, expondo a triste realidade dos servidores da saúde em Campina. Como reforçou o presidente do Sintab, Giovanni Freire, “o Brasil vive o pior momento da pandemia de Covid-19, mas estes profissionais continuam se empenhando ao máximo, ainda que exaustos e ainda que também tenham passado por perdas de familiares e amigos, vítimas do coronavírus”.
Levando em consideração o drama dos servidores da saúde, o diretor de Política e Formação Sindical, Frankyn Ikaz, repudiou a gestão do prefeito Bruno Cunha Lima em seus meses iniciais. “Os servidores sofrendo por corte de gratificação e falta de EPIs e ainda assim são tratados como privilegiados. É inadmissível num período como esse não ter uma ação da prefeitura que melhore a vida dos servidores e a vida do povo, o problema do servidor precisa ser resolvido urgente. Gostaria de apresentar todo meu repúdio à forma como o prefeito de Campina Grande iniciou sua gestão”, destacou. Veja detalhes neste link.
Posto de Saúde abandonado – A falta de conservação da estrutura física do Posto de Saúde do bairro da Palmeiras em Campina Grande reflete literalmente no descaso da gestão de Bruno para com os equipamentos de Saúde do Município. Na manhã de segunda-feira (19), moradores daquela comunidade denunciaram em vídeo, postado nas redes sociais, a situação de abandono em que se encontra o prédio daquele antigo Posto de Saúde. Paredes sem o devido reboco, infiltração de água no interior dos consultórios médicos, rachaduras no teto e lixo exposto em áreas adjacentes.
Conforme denúncias de outros moradores, a realidade de postos de saúde localizados em outros bairros não são diferentes. “Além da má conservação da estrutura física, a maioria padece da ausência de pessoal capacitado – médicos e enfermeiros – para o atendimento à população mais necessitada”.
Veja imagens: