Por mais que a idade me peça um pouco mais de calma, me desculpe, Lenine, eu sei que a vida é tão rara, mas não posso ser covarde querendo ser light. Sim, quem rouba dinheiro público é ladrão duas vezes.
Mas não sou leviano ou irresponsável para apontar o dedo na cara do larápio sem larápio ser o que é, ladrão.
Foi o GAECO quem me deu essa segurança em apontar o dedo na cara sem vergonha de Ricardo Coutinho para dizer o que deve ser dito.
Foi o desembargador Ricardo Vital quem me deu garantias de que aquele que denunciei mais de 100 vezes como corrupto e embusteiro e por 46 vezes fui processado é mesmo o que meus textos afirmaram aqui nesse blog ‘velho de guerra’.
Se o Ministério Publico investigou nossas denúncias, se auxiliares do primeiro escalão confirmaram em depoimentos o que dissemos e se existem gravações do corrupto sendo corrupto, do que eu posso chamar Ricardo Vieira Coutinho?
Do mesmo jeito que não existe ex-assasino, ex-vigarista e ex-corno, também não existe ex-corrupto e ex-chefe de quadrilha.
Ricardo pode se eleger senador, mas será um senador corrupto. Pode, mais na frente, voltar a ser governador ou até mesmo virar ministro, mas será um governador ou ministro corrupto.
Dando tudo errado e ele ficando inelegível por rejeição das três contas numa assembleia de deputados corajosos, mesmo assim será um inelegível corrupto.
Eu denuncio há uma década e meia o que o GAECO e o desembargador Ricardo Vital concluíram e isso me respalda como jornalista. Só chamo de corrupto quem corrupto é.
Concluindo, nenhuma amizade, dinheiro ou vantagem me fará capitular. Aprendi com minha mãe que cara é pra ter vergonha e eu tenho vergonha na cara, minha querida mãe.
Dércio Alcântara.