O vereador Fernando Milanez (PMDB), líder da oposição na Câmara Municipal de João Pessoa, repudiou a atitude do prefeito Luciano Agra (PSB) de querer comparar a bancada federal paraibana e a classe política do Estado com os criminosos que atuam em bairros da periferia da Capital. Ele criticou a postura do gestor e acrescentou que Agra, com essa declaração, comprova que não tem equilíbrio emocional para administrar uma cidade como João Pessoa.
“É lastimável sobre todos os aspectos o destempero verbal das palavras do prefeito da Capital. Isso é um absurdo, uma conduta deplorável e uma falta de respeito com a classe política paraibana”, desabafou.
Milanez não escondeu sua indignação “ao afirmar que se existem alguns marginais nessa história, eles estão hoje do lado do prefeito Agra”. O peemedebista acredita que o socialista foi muito infeliz em suas colocações num momento em que a Paraíba registra um fato histórico, quando adversários políticos, como os senadores Cássio Cunha Lima (PSDB) e Vital Filho (PMDB), além do deputado Manoel Júnior (com o aval do ex-governador Maranhão) e toda bancada federal se sentam numa mesma mesa para firmar um Pacto em favor do Estado.
O líder da oposição avaliou que Cássio, Vitalzinho, Manoel Júnior e toda a bancada paraibana demonstram com esse comportamento que querem trabalhar pelo povo paraibano enquanto que Luciano Agra e boa parte do seu grupo político querem plantar discórdia, tratar mal as pessoas, agindo, muitas vezes, de forma desrespeitosa contra as camadas mais humildes e os políticos da Paraíba.
“Sinceramente, não dá para entender essa postura do prefeito. Comprova sua falta de estabilidade política e administrativa. Essa declaração dele (de Agra) coloca em risco todas as conquistas da nossa classe política, da nossa bancada federal, formada – independente de siglas partidárias – por parlamentares idôneos, probos, independentes e atuantes”, comentou.
Para Fernando Milanez, o prefeito Agra deveria, nesse momento, está preocupado em esclarecer as denúncias veiculadas, recentemente, na imprensa nacional e deixar de coagir sua bancada na Câmara, mandando secretários (Raoni Mendes e Dunga Júnior) para fiscalizar a sessão, como ocorreu na última quinta-feira (24), e pressionar os vereadores governistas à votarem contra o requerimento que convocava o superintendente da Emlur, Coriolando Coutinho, à prestar os devidos esclarecimentos sobre as denúncias.