O cardiologista paraibano Marcelo Queiroga aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro e ocupará o cargo de Ministro da Saúde. Sua nomeação para a função deve ser publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (16).
“Foi decidido agora à tarde a indicação do médico, doutor Marcelo Queiroga, para o Ministério da Saúde. Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A conversa foi excelente, já conhecia há alguns anos, então não é uma pessoa que tomei conhecimento há poucos dias. Tem tudo no meu entender para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo que o Pazuello fez até hoje”, declarou Bolsonaro.
Marcelo Queiroga será o quarto ministro da Saúde no governo Bolsonaro, sucedendo o general Eduardo Pazuello. Com bom relacionamento em Brasília, já havia sido cotado para a pasta após a saída de Luiz Henrique Mandetta, no ano passado.
O médico é defensor do distanciamento social para o combate à Covid-19 e não acredita em tratamento precoce, questões que divergem de Bolsonaro e seus apoiadores, entretanto, é considerado uma pessoa com jogo de cintura para construir uma política de saúde que possa funcionar contra a pandemia, sem contrariar suas convicções.
Formado pela Universidade Federal da Paraíba, Marcelo Queiroga fez residência médica no Hospital Adventista Silvestre, do Rio de Janeiro, além de treinamento em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista na Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Tem doutorado em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto/Portugal e atualmente, dirige o departamento de hemodinâmica e cardiologia intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley (Unimed João Pessoa) e é médico cardiologista intervencionista no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, também na Paraíba.
Sempre teve atuação intensa em entidades representativas dos médicos, como a Associação Médica Brasileira (AMB) e na Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), que também presidiu.