Como noticiado mais cedo, o prefeito da cidade de Sapé, Major Sidnei, teria ameaçado uma equipe de vereadores que iria fiscalizar a veracidade de denúncias na Escola Municipal Luiz Ignácio Ribeiro Coutinho, localizada no centro da cidade. As denúncias envolviam irregularidades que iam desde comprometimento na estrutura física da instituição até merenda escolar fora do prazo de validade, denunciada pelos próprios alunos.
Os parlamentares alegaram que Major Sidnei tentou atrapalhar os trabalhos de fiscalização, impedindo o acesso dos vereadores com xingamentos, cadeados e inclusive intimidando-os com uma arma de fogo.
Diante das afirmativas, o Blog concedeu o Direito de Resposta à assessoria de imprensa do prefeito. Confira:
O prefeito de Sapé, Major Sidnei, negou que tenha feito qualquer ameaça aos vereadores da cidade durante tentativa de entrada na Escola Municipal Luiz Ignácio Ribeiro Coutinho sem a devida comunicação oficial. Ele lamentou que os parlamentares estejam tentando encobrir a repercussão da reprovação das contas do ex-prefeito da cidade, Roberto Feliciano, com a criação de factoídes e disseminação de fake news.
“Muitas pessoas testemunharam no momento em que os vereadores estavam no local, sem nenhum documento que pudesse refutar a uma fiscalização do Legislativo e sem recorrer a Secretaria de Educação, apenas recorrendo a diretora verbalmente para que abrisse a unidade escolar, que está fechada para reforma. Só após a nossa intervenção, eles trouxeram documentação e puderam entrar sem problema algum, conferindo eles próprios que não havia irregularidade nenhuma. Como não acharam nada de errado, tentaram criar mentiras de que eu os tinha ameaçado. Lamentável isso”, afirmou.
Para o prefeito, a ação foi orquestrada e serviu também como “cortina de fumaça” para tentar desviar o foco para a reprovação das contas do ex-prefeito, aliado político da oposição em Sapé. Na última quarta-feira (4), o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) reprovou por unanimidade as contas referentes ao exercício de 2016 do ex-prefeito, Flávio Roberto Feliciano. O relator, o conselheiro Renato Sérgio, seguiu o parecer do Ministério Público pela irregularidade, conforme as constatações da auditoria. O ex-gesto terá ainda que devolver aos cofres públicos a quantia de R$ 1 milhão.
As auditorias realizadas pelo TCE apontaram irregularidades cometidas no ano de 2016 e durante todo o mandato do ex-prefeito, com erros como déficit financeiro, gastos com pessoal acima do limite e insuficiência financeira para quitar dívidas.
