A interrupção da live realizada na noite desse sábado (27) pelo cantor paraibano Ranniery Gomes causou indignação entre público, artistas e apreciadores da música. A apresentação acontecia em uma casa de praia em Ponta de Mato, município de Cabedelo, quando foi interrompida inicialmente pela Guarda Municipal e depois por Policiais Militares. Há informações que a intervenção das forças militares não tem a ver com o decreto estadual para controle da pandemia do novo coronavírus.
Depois que a live foi encerrada, uma viatura da PM compareceu de novo à casa do cantor para pedir desculpas pelo ocorrido. Os militares alegaram denúncia coletiva baseada no artigo 42 do Decreto-Lei Nº 3.688/41, passível de prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa. No artigo são considerados fatores como gritaria, algazarra, perturbação do sossego, dentre outros.
O Major Kelton Pontes, comandante da 6ª Companhia Independente da PM, que tem sede em Cabedelo, relatou: “só soubemos exatamente do que se tratava depois que terminou. Eu determinei que um tenente retornasse à casa e autorizasse a continuidade da live. Mas, aí o artista e a banda já haviam recolhido os instrumentos. Houve um problema de comunicação nessa situação toda. Não teve nada a ver com decreto do Governo e nem com questões políticas. Foi uma ocorrência corriqueira de perturbação do sossego que teve a resposta que as demais têm. Não agimos com abuso de autoridade e nem invadimos a residência. Quando os policiais chegaram, e o artista admite, o produtor da live os convidou a entrar para ver que não tinha aglomeração”, explicou.
Segundo ele, mesmo se tratando de um evento beneficente, a live deveria ter sido comunicada antecipadamente à PM e órgãos competentes para evitar constrangimentos. O caso seguirá em relatório à instâncias superiores da Polícia Militar da Paraíba para devidas providências.
Fonte: Parlamento PB.