O vereador e presidente da Câmara Municipal de Cacimbas, José Arruda Cruz, promovia uma festa com aglomeração no último domingo (16) quando foi detido por policiais militares que tentavam acabar com a comemoração, que desrespeitava as medidas sanitárias com a falta de uso de máscaras e sem distanciamento social.
Segundo informações, José Arruda se apresentou como responsável pelo evento, que celebrava aniversário do seu irmão, Alderí Arruda. Os policiais então solicitaram que ele encerrasse a festa, mas a ordem não foi cumprida. Inclusive, Alderí pediu que as pessoas permanecessem no local, avisando que iria fechar as portas da garagem, ligar o som do carro e ficar dentro da residência dando continuidade a comemoração.
Devido à negativa, os PMs informaram que ele seria conduzido à delegacia. Nesse momento, o vereador se voltou contra a equipe. O irmão do vereador tentou sacar a pistola de um policial, mas não conseguiu por causa da trava de segurança, danificando o porta-algemas da capa de colete. Foi preciso fazer o uso da força para tentar contê-los e balas de borracha foram usadas para controlar a confusão formada. Ainda segundo a PM, outro homem que estava na festa também interferiu na ordem da polícia, quando tentou livrar Alderí das mãos dos policiais, juntamente com outras pessoas que estavam no local.
Em meio ao tumulto, o vereador conseguiu fechar os portões da casa, fazendo com que a polícia recuasse. Em seguida, ao tentar ir até a delegacia, foi perseguido e preso em flagrante, junto com outro homem que estava na festa. Foi necessário fazer o uso de algemas nos acusados. Os dois foram conduzidos à delegacia de Policia Civil da cidade de Teixeira, para que fossem tomadas as medidas cabíveis, mas foram liberados em seguida.
Entretanto, José Arruda Cruz contou uma versão dos fatos diferente da relatada pela PM. Ele disse que estava no município de Desterro quando aconteceu a festa, mas que foi até à delegacia porque os policiais estavam detendo um sobrinho dele. Ele disse ainda que “os fatos foram todos distorcidos pelos policiais, como falsa comunicação de crime”, e que o caso não passa de perseguição política.