Em entrevista ao jornal “Folha de São Paulo” neste sábado, o fundador e ex-presidente do Partido Novo, João Amoêdo, declarou voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das Eleições 2022. Anteriormente, ele havia indicado que anularia o voto no pleito presidencial.
“Os fatos, a história recente e o resultado do 1º turno, que fortaleceram a base de apoio de Bolsonaro, me levam à conclusão de que o atual presidente apresenta um risco substancialmente maior”, disse Amoêdo à Folha.
Em 2018, ano em que também disputou a Presidência da República, o fundador do Novo apoiou Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno disputado contra o petista Fernando Haddad.
Agora, João Amoêdo destaca os riscos da recente investida de Bolsonaro e de aliados a respeito de uma possível alteração na composição do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirma ainda que o Brasil regrediu institucionalmente e como sociedade nos últimos quatro anos.
De acordo com o comunicado enviado ao jornal paulista, Amoêdo diz que, nesse período, a independência dos Poderes foi comprometida, o Legislativo foi cooptado pelo orçamento secreto e o STF se tornou alvo de ataques, além da extinção do combate à corrupção, com o desmonte da Lava Jato, e o “descaso com a educação, o meio ambiente, a ciência, a cultura, a responsabilidade fiscal e, acima de tudo, o desprezo pela vida dos brasileiros completam o legado desastroso”.
O ex-presidente do Novo sustenta as críticas feitas a Lula e ao PT, contudo, diante da atual situação do Brasil, fará algo inimaginável.
“No dia 30, farei algo que nunca imaginei. Contra a reeleição de Jair Bolsonaro, pela primeira vez na vida, digitarei o 13”, revelou.