O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a mentir sobre a Ômicron e defendeu, sem provas, a infecção da população pela variante para se tornarem imunes. A declaração falsa foi dita à imprensa neste sábado (22), em Eldorado, interior de São Paulo, onde foi sepultada sua mãe, Olinda, que faleceu aos 94 anos.
Bolsonaro afirmou que algumas pessoas (sem referir quais) dizem que a variante Ômicron da Covid-19 “seria um vírus vacinal”: “Temos agora a Ômicron. Já dizem, não sou eu que estou dizendo, são alguns, que seria um vírus vacinal. E estamos partindo para o fim [da pandemia]”.
Ele voltou a defender remédios sem a comprovação científica comprovada contra a covid-19. “Lamento isso não chegar pra grande mídia. Nem eu posso botar em mídias sociais. Tem ali a rede do zap pra gente discutir. Ao que tudo indica, é verdade”, mentiu o presidente. Na semana passada, Bolsonaro chegou a dizer a Ômicron era “bem-vinda” e poderia sinalizar o fim da pandemia.
Uma análise feita pelo Instituto ‘Todos pela Saúde’ em parceria com os laboratórios Dasa e DB Molecular mostrou que 98,7% dos casos de Covid são da Ômicron. Foram analisadas 3.212 amostras de coronavírus e, entre elas, 3.171 correspondem à infecção pela variante. Foram coletadas 8.121 amostras entre 2 e 8 de janeiro de 2022.