Fazer diferente a nova prefeita do Conde conseguiu e ninguém pode reclamar, pois foi justamente o que ela prometeu na campanha.
Márcia Lucena prometeu e cumpriu. Ela dizia que não faria o que Aluísio Régis e Tatiana Correia fizeram e, realmente, enterrou o famoso Carnaval de Jacumã com direito a caixão e vela preta.
A prefeita não calculou o tamanho do prejuízo para os comerciantes ainda, mas se eu fosse ela não passeava pela calçada de nenhum deles, pois corre o risco de ouvir poucas e boas.
O Carnaval que cobra ingresso foi um fiasco, o povo virou as costas e deixou as atrações da iniciativa privada tocando sozinhas para uma meia dúzia de gatos pingados.
Márcia pode argumentar que economizou e que com o economizado vai fazer obras, mas ela esquece que o remédio não pode ser tão forte ao ponto de matar o doente.
A função do poder público é fomentar e um investimento razoável e criterioso no evento cairia bem, pois a festa aberta atrairia milhares de pessoas, que deixariam dinheiro na cidade, gerando impostos, emprego e renda.
Cobrar ingresso e retirar o apoio da Prefeitura do Conde aos blocos e privatizar a quadra foi uma pá de terra naquela folia de rua.
Pode até ter tido boa intenção, mas a prefeita da inovação inovou pra pior e a cidade está decepcionada com esse começo com o pé esquerdo.
Recomendo agora que a prefeita promova uma missa de sétimo dia neste sábado para fechar com chave de ouro o que começou sábado último: o assassinato a sangue frio do tradicional carnaval de rua de Jacumã.
Dércio Alcântara