Impasse na condução do diálogo com os policiais e o governador definindo a vigília em frente ao Palácio como factóide. No paralelo os movimentos sociais entram em combustão com odontólogos paralisando por 72 horas e os professores agendando assembléia geral para esta sexta-feira, dia 18.
A pergunta é: alguém duvida que vem aí uma greve geral no serviço público? Por onde passo afloram insatisfações e até os mais tradicionais barnabés estão a espera do start.
Outro dia conversei com efetivos da Emepa e deles ouvi reclamações que não estiveram em pauta ontem na Assembléia Legislativa. Houve corte de salários naquela autarquia.
Do sindicalista Antônio Arruda ouvi relatos que me remeteram ao segundo governo Burity, quando a combativa Ampep levou os professores as ruas numa seqüência de greves vitoriosas.
Filho legítimo dos movimentos sociais, que lhe deram todos os mandatos desde vereador, o governador Ricardo Coutinho vai sim cuspir no prato que comeu mesmo correndo o risco de virar um bastardo.
Como todo problema é uma oportunidade disfarçada, o terreno ficará fértil para o ressurgimento com força de um sindicalismo combativo, aos moldes dos que atuavam corajosamente na época da ditadura.
“O povo ta comendo vidro e o balão vai pipocar…”