Ingratidão é uma coisa que me dá nos nervos, desconheço ser mais repulsivo. Na política, o ingrato evolui de beneneficiado para adversário na primeira dose de veneno da vaidade que ingere e aquele que um dia recebeu uma mão amiga para subir ao palanque e ter mandato, noutro já cospe na cara de quem lhe ajudou.
Falo de Benjamim Maranhão, sombra eterna do tio Zé Maranhão, que na vida pública tudo que galgou deve ao grande líder peemedebista.
Benjamim não tem carisma, não tem luz própria, não tem votos. Se é deputado foi por empréstimo dos votos transferidos de Zé Maranhão pelos serviços prestados que este tem aos paraibanos.
Se ocupou cargos foi por indicação do tio, se foi aceito foi por que Maranhão deixou e muitas vezes impôs a contragosto de muitos.
Custava Benjamim aceitar a conjuntura e recuar para os bastidores para o dono dos votos disputar a vaga que lhe emprestou em 2010?
Ainda bem que a história é implacável e à ingratidão reserva o desprezo e a derrota. Mas, quem sabe a sensatez cruze o caminho do sobrinho e o taga de novo para junto do tio, desistindo de uma reeleição incerta para apoiar aquele que vai ser o campeão de votos, reatando laços e passando uma borracha nesta lamentável história de ingratidão.