Neste verão, a cidade de Cabedelo sedia diversos festivais para entreter os paraibanos. Com início no primeiro fim de semana de janeiro, o Verão On trouxe personalidades conhecidas para animar a festa, como Alok, Henrique e Juliano, Dorgival Dantas, além do coronavírus e da H3N2. Estes mesmos vírus também estão confirmados noutro grande evento do município, o Fest Verão Paraíba, que começará no próximo sábado (08).
É sabido que o prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo, cancelou as festividades públicas de réveillon sob o argumento de que estaria preocupado com a saúde de sua população e por isso não iria estimular grandes aglomerações que tem alto potencial para a propagação dos vírus, porém, nenhuma decisão foi tomada contra as festas privadas.
A organização do Verão On diz que segue todos os protocolos sanitários, pois foi firmado um acordo com a prefeitura da cidade para o cumprimento das recomendações das entidades governamentais e de saúde, como a apresentação do cartão de vacinação contra a Covid-19 na entrada, totens de álcool em gel e o uso obrigatório de máscaras durante todo o evento. O que não está sendo respeitado.
Ao entrar em qualquer rede social durante o fim de semana podemos ver que o festival está longe de ser um exemplo sanitário, com uma multidão de pessoas sem máscaras e sem qualquer tipo de distanciamento. O Verão On, que também poderia ser chamado de Vírus On, é um perfeito exemplo de irresponsabilidade com a saúde pública. Além disso, a Arena Verão On foi construída em uma área que desrespeita as regras de zoneamento residencial, prejudicando ainda vegetação nativa da praia.
Por ignorar completamente a pandemia da Covid-19, Vitor Hugo, que já passou a ser conhecido como “Vírus Hugo”, põe em risco não só a população cabedelense, mas também das regiões circunvizinhas, que ao participarem de tais aglomerações também demonstram não se importarem com a crise de saúde pública, fazendo o coronavírus e a H3N2 circularem sem limites.
A verdade é que em Cabedelo o vírus está on e sendo roteado desenfreadamente, um reflexo do desprezo e da negligência da gestão municipal que está fechando os olhos para os eventos privados. É hora do Ministério Público da Paraíba tomar uma providência para impedir que o desastre seja maior.