A ex-chefe de imunização do município de Lucena, Karine Rocha, se defendeu em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), após ser apontada como a responsável por dar a ordem de aplicar as vacinas contra a covid-19, com dosagem de adulto e fora do prazo de validade, em crianças de uma comunidade da cidade. Em sua fala, Karine afirma que a técnica de enfermagem entendeu errado seu pedido.
Segundo a ex-chefe de imunização, ela orientou a técnica para aplicar doses de rotina nas crianças do assentamento, não o imunizante contra o coronavírus. As duas profissionais foram retiradas de seus respectivos cargos pelo prefeito de Lucena, Leo Bandeira.
Na versão de Karine Rocha, as vacinas não estavam vencidas, contrariando o que foi divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado. Conforme seu depoimento, a vacina da Pfizer passa por um processo de descongelamento, tendo que ser trabalhada em 30 dias, contudo, o vencimento do frasco é outro. Ela assegura que tem uma nota de recebimento do imunizante com prazo de validade findando em 15 de janeiro.
Em contrapartida, a técnica de enfermagem alegou, em seu depoimento ao MPF, que Karine ordenou, por meio de uma conversa por WhatsApp, que “todos” da comunidade fossem vacinados contra a Covid-19 pois o imunizante estava próximo do vencimento, pedido que foi confirmado em ligação telefônica.
Confira o depoimento completo: