A edição deste sábado do jornal Estado de São Paulo trouxe matéria na qual informa que o Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, usou um cargo da pasta que comanda para negociar o apoio do Partido dos Trabalhadores à candidatura de sua irmã, Daniela Ribeiro, à Prefeitura de Campina Grande. Segundo a reportagem, Aguinaldo negociou pessoalmente a troca do cargo pelo apoio do PT ao PP de Campina Grande.
De acordo com a matéria, assinada pela jornalista Júlia Dualib, de ‘O Estadão’, o apoio do PT a Daniela Ribeiro veio a partir de uma negociação que envolveu Paulo Maluf e uma Secretaria do Ministério das Cidades, que foi oferecida em troca do apoio de Maluf a Fernando Haddad em São Paulo e do PT a Daniela, em Campina Grande.
O Estadão diz que Aguinaldo Ribeiro “se empenhou especialmente na articulação da aliança para receber, em troca, um apoio do PT à candidatura de sua irmã, Daniella Ribeiro, à prefeitura de Campina Grande, na Paraíba”.
Veja a matéria, na íntegra:
Geraldo Alckmin não cede e perde apoio de Paulo Maluf
Nas últimas semanas, o PSDB observou uma série de sinais de que Paulo Maluf estava prestes a afastar o PP da candidatura de José Serra à Prefeitura de São Paulo. Irritado com a resistência do governador Geraldo Alckmin em ceder a Secretaria de Habitação a seu partido, Maluf ameaçou romper coligações que já estavam fechadas com o PSDB no Estado, em cidades como Ribeirão Preto e Sorocaba.
“O Geraldo acha que eu estou de brincadeira”, teria dito o presidente estadual do PP aos tucanos.
Maluf passou a negociar com o PT a indicação de um aliado seu para uma secretaria do Ministério das Cidades e foi atendido. Decidiu, então, dar seu apoio ao petista Fernando Haddad na eleição de São Paulo.
O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), se empenhou especialmente na articulação da aliança para receber, em troca, um apoio do PT à candidatura de sua irmã, Daniella Ribeiro, à prefeitura de Campina Grande, na Paraíba.
O PSDB pretende continuar tentando conquistar o apoio do PP a Serra antes que Maluf anuncie oficialmente sua decisão de formar uma aliança com o PT. “Afinal de contas, não se pode jogar fora 1min30s na propaganda eleitoral”, disse um tucano.
Fonte: Estadão