O Presidente da Assembleia Legislativa foi vítima de espionagem e a Polícia Federal encontrou um pequeno microfone embaixo da mesa de Ricardo Marcelo no início do mês passado e agora ele pede investigação para descobrir quem estava grampeando seu gabinete.
A descoberta do pequeno equipamento, capaz de realizar escuta telefônica e ambiental, aconteceu durante inspeção na Assembleia no dia seis de maio e o laudo da PF confirmou o grampo no dia nove, mas a divulgação do achado só ocorreu hoje.
Quem teria instalado o microfone e o que queria saber? Será que o culpado pelo grampo será descoberto? E quanto tempo essa investigação vai durar?
O que me preocupa é a escalada do submundo. Quem patrocina arapongagem é capaz de comandar grupos de extermínio e aí a degradação pode chegar a um estágio letal.
Não quero afirmar que o Governo deixou rastros e está por trás desse e de outros grampos, mas há evidências de que ações de “segunda seção” estão em marcha e o estalinismo ganha força nos bastidores político.
Outro dia comentou-se que o secretário de Comunicação Nonato Bandeira estaria articulando para que a P2 – serviço de inteligência da PM – fosse anexado a Secom e tenho informações de que o Sistema Guardião, equipamento que grava mais de 300 telefones ao mesmo tempo e que está a disposição da Polícia Civil, vem sendo utilizado com desvio de função e ao invés de grampear suspeitos de crimes está grampeando políticos, jornalistas e membros do Judiciário.
Essa constatação de grampo no gabinete de Ricardo Marcelo é mais um capítulo vibrante nesses seis primeiros e emocionantes meses da gestão Ricardo Coutinho.
Quem gostaria de se antecipar ao Legislativo?