Escolhido pelo prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSD) para representar seu legado na cidade, o ex-secretário Chefe de Gabinete da PMCG, Bruno Cunha Lima (PSD), enviou na manhã desta terça-feira (18) uma nota de esclarecimento à imprensa, sobre o fato do seu cunhado, Dr. Tito Lívio Vieira de Souza e Cavalcanti, casado com a odontóloga Andrea Cunha Lima (irmã de Bruno) e atual ocupante do cargo em comissão de diretor clínico do Hospital Municipal Pedro I, ter recebido, no ano de 2020, quase R$ 140 mil reais da gestão Romero, via empresa T&G Consultório Médico LTDA – ME (CNPJ n° 30.557.090/0001-87, do qual é sócio administrador. Na nota, ele admite os fatos apresentados, no tocante aos valores pagos e à vinculação de parentesco, mas fala que essa pratica é legal.
A Nota diz que não há irregularidade na contratação da empresa do cunhado, “diferentemente do que foi veiculado”. Porém, a imprensa não veiculou nem falou em irregularidade, mas no fato, que não é considerado ético, de um parente firmar contrato com a PMCG e, ainda por cima, ser o diretor do próprio hospital que contratou a sua própria empresa para prestar o serviço.
Ocorre que a empresa T&G Consultório Médico LTDA – ME (CNPJ n° 30.557.090/0001-87, que tem o Dr. Tito Lívio como sócio administrador, foi contratada pelo Fundo Municipal de Saúde, vinculado a Secretaria de Saúde do município de Campina Grande – PB para plantões. Os dados da empresa podem ser vistos no link: https://cnpj.biz/30557090000187, ou nos anexos da matéria.
Segundo pesquisa, apesar de possuir cadastro na Receita Federal como consultório, tendo como natureza jurídica “atividade médica ambulatorial e consultas”, a empresa, por intermédio de plantões do Dr. Tito Lívio, recebeu, entre janeiro e agosto de 2020, cerca de R$ 135.260,00 (cento e trinta e cinco mil, duzentos e sessenta reais), onde além de prestar plantões ao SAMU, Hospital Bezerra de Carvalho, a empresa do Dr. Tito Lívio, presta serviços para o Hospital Municipal Pedro I, ao qual é diretor clínico (Veja matéria que comprova o cargo do cunhado de Romero: https://paraibaonline.com.br/2020/06/hospital-pedro-i-investe-em-tratamento-humanizado-para-pacientes-com-covid-19/). Tais dados podem ser vistos nos anexos ou por meio do link do sistema Sagres – TCE/PB (link: https://sagresonline.tce.pb.gov.br/#/municipal/fornecedores).
Veja a nota enviada por Bruno Cunha Lima à imprensa:
NOTA
O pré-candidato a prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, esclarece que, diferentemente do que foi veiculado, não há nenhuma irregularidade na contratação da empresa pertencente ao seu cunhado Tito Lívio Vieira de Souza e Cavalcanti, por parte da Secretaria Municipal de Saúde.
A empresa T&G Consultório Médico LTDA – ME (CNPJ n° 30.557.090/0001-87), como dito na própria reportagem, presta serviços de consulta e atendimentos ambulatoriais. É por meio do contrato com a empresa (Pessoa Jurídica), que o Dr. Tito Lívio, reconhecido cirurgião de cabeça e de pescoço na cidade, exerce trabalhos importantes no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e no Hospital Municipal Pedro I.
No hospital Pedro I, o médico ocupa inclusive a função de diretor da unidade e foi responsável, junto com a equipe, por realizar todo o trabalho de tratamento de pacientes da Covid-19 desde o início da pandemia na cidade. Ou seja, o referido profissional, que estabelece relação familiar com o pré-candidato Bruno Cunha Lima na condição de cunhado, desenvolve seu trabalho e recebe seus pagamentos por meio dos seus próprios méritos.
O Dr. Tito Lívio envia rotineiramente todas as folhas de pontos dos plantões nos serviços onde atua. O cirurgião trabalha também no Hospital de Trauma de Campina Grande, que é gerido pelo Governo do Estado, o que demonstra que são a competência e o mérito os únicos critérios para a sua contratação por parte do serviço público de saúde municipal.
Por fim, o pré-candidato repudia veementemente qualquer tentativa de utilizar as pessoas que o cercam para buscar arranhar a sua imagem e presta a sua solidariedade ao senhor Tito Lívio, que teve a sua vida pessoal e profissional invadida indevidamente pelo fato de ser cunhado de Bruno Cunha Lima.