O senador Efraim Filho (União Brasil), que mantém uma postura de independência no Senado Federal, teceu algumas críticas aos primeiros 100 dias do Governo Lula (PT), contudo, avaliou como positivo o arcabouço fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Efraim expôs, durante entrevista na quarta-feira (05), que a proposta levada ao Congresso foi aprovada pela maioria dos parlamentares, sobretudo por apresentar meios para que seja evitada uma gastança desenfreada, como já vista em governos anteriores.
“Eu acredito que é um governo que começa com erros e acertos. Vamos começar pelos acertos. Acho por exemplo que o arcabouço fiscal colocado pelo ministro Haddad traz elementos positivos, traz um primeiro impacto positivo dentro do Congresso Nacional porque a proposta mostra equilíbrio fiscal com um limitador da despesa pra que a gente não voltasse em um tempo que não deixou saudades que era a gastança desenfreada. Se gastava mais do que se arrecadava, mas agora a proposta diz que a despesa do governo só poderá aumentar até o limite de 70% do aumento da arrecadação, ou seja, não teremos desequilíbrio descontrolado”, pontuou.
Ao avaliar os pontos negativos da gestão petista, o senador aponta a suspenção do novo ensino médio pelo Ministério da Educação. “Entre os erros eu considero que não é uma boa decisão de suspender o novo ensino médio. Acho que era um avanço, por isso é nesse sentido que avalio que o governo começa com erros e acertos”, emendou.
Sobre seu posicionamento no Congresso Nacional, mesmo o União Brasil tendo indicado nomes para compor o governo federal, Efraim Filho garante que seguirá postura de coerência, sendo favorável ao que for bom para população e votando contra o que julgar ruim. “Na reforma tributária, por exemplo, não contem comigo para aumentar carga tributária de ninguém, serei contra”, completou.