Seria nobre da parte de Wilson Santiago um gesto de renúncia, mas na escola que ele estudou só aprendeu a multiplicar.
Dividir ou diminuir jamais! No máximo, subtrair.
Aliás, quem estudou com ele conta que se a operação fosse de subtração ele só tirava 10.
Se a população escolheu Cássio como o senador mais votado com mais de 1 milhão de sufrágios, cabe a Wilson baixar a cabeça e voltar pra roça.
Quem sabe assim ele ganha a simpatia dos paraibanos pela humildade e lá na frente possa fazer as pazes com o eleitor e se eleger senador legitimamente.
Cássio errou quando fez um péssimo governo no primeiro mandato. Errou como Ricardo tá errando e para se reeleger usou a máquina e condutas vedadas.
Mas se a lacônica legislação eleitoral permitiu que sua mensagem como candidato chegasse aos lares e o seu nome e foto fossem estampados na urna eletrônica, então é o senador legítimo e merece assumir.
Cabe a Wilson reaprender algumas lições da tabuada. Dividir é uma coisa, subtrair é outra. Já imaginaram a jogada de marketing de Wilson anunciando na bancada do JPB a sua renúncia em favor de Cássio? Anteciparia o que já está perdido mesmo, mas agregava valor.
Eu sei que de imediato a maior beneficiada seria a sua suplente, Sany Japiassu, mas aí ja era com ela enfrentar a fúria popular pela usurpação do que não lhe pertence. A renúncia de ambos ao mandato e a advocacia protelatória aceleraria o processo.
Cá pra nós, grande parte da bancada em Brasília não passa na prova dos 9.