SÃO PAULO – Quem de juízo na classe política paraibana vai querer votar em João Azevedo sabendo que do primeiro ao último dia do seu novo governo quem dará as cartas será “os Ribeiros” e que pra fechar de cadeado, ainda por cima, terá que beijar as mãos do fedelho Lucas Ribeiro faltando dez meses pra eleição de 2026?
Só os suicidas, os que gostam de sofrer e os aventureiros. A ascensão dos ‘Ribeiros’ ao poder significaria a ressurreição do Grupo da Várzea, famigerado agrupamento político ligado ao assassinato de João Pedro Teixeira, Nego Fuba e Margarida Maria Alves. Seria a volta da Casa Grande transformando todo resto em senzala.
Nesse contexto visualizado por todos os lúcidos é que o nome de Adriano Galdino sempre esteve e estará associado às garantias que a classe política precisa para pegar na mão de João, botar uma faca entre os dentes e partir, contemplada e segura, para uma vitória acachapante sobre os adversários titubeantes.
Não vejo caminho para uma vitória com ‘V’ maiúsculo sem Adriano Galdino pilotando a vice. João pode até vencer com Lucas na vice, mas será uma Vitória de Pirro. Ganha, mas não leva, e o campo de batalha pós-eleição será um imenso cemitério de lideranças sob lápide sucinta: aqui jaz a classe política paraibana.
Em tempo: tenho dito que não me envolverei nesta eleição, mas se perceber que não posso cruzar os braços diante do abismo anunciado, voltarei pra lutar com duas espadas.
Dércio Alcântara.