Neste domingo (29) é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data tem como objetivo promover direitos e combater preconceitos contra pessoas transexuais. A data foi criada em 2004 e foi destinada para lembrar da importância do respeito às travestis, mulheres e homens transexuais. Uma das ferramentas para combater o preconceito é a cultura.
Em João Pessoa, a peça “Gisberta – Basta um nome para lembrarmos de um ódio” está em cartaz neste domingo, no Teatro Ednaldo do Egypto. Em entrevista à TV Tambaú, a atriz Letícia Rodrigues, intérprete da Gisberta nos palcos, conta a sua trajetória e fala do poder da arte na luta contra o preconceito. “Nós temos uma data limite enquanto corpo trans. As travestis elas vivem até 36 anos (…) é porque parece que o destino crava nelas e a morte chega de surpresa, seja numa esquina, num assalto, mas arte faz com que a gente sobreviva”, contou Letícia.
Gisberta Salce Júnior foi morta por um grupo de adolescentes em 2006. A peça conta com experiências sensoriais para o público. Durante a entrevista, a atriz Letícia Rodrigues fala que as suas dores e da Gisberta são as mesmas. “Gisberta não é pra brincar, ela não é um chapeuzinho vermelho, ela não foi uma personagem, ela sou eu e eu sou ela, porque as dores são as mesmas”, contou a atriz.