Alguns jornalistas não tem coragem de publicar versões que alimentam nos bastidores, de que esse imbróglio entre o ex e o atual governador seria uma jogada ousada para despistar com cortina de fumaça o escâner da Operação Calvário.
Não é estratégia, não é balão de ensaio, não é evasiva, não é pulo do gato. João Azevedo e Ricardo Coutinho não se unem nem para torcer pelo Botafogo, como as imagens que vieram à tona ontem revelaram. Também estiveram no teatro Pedra do Reino ontem a noite e nem se cumprimentaram, ficando em filas diferentes e distantes.
O que existe é divergência política, administrativa e de estratégias. Ricardo acreditava que João fosse deixar ele apitar em tudo e se folclorizar como dois de paus.
João imaginava que Ricardo entenderia que aliados podem ter estilos de governar diferentes, acreditando que o ex suportaria seu protagonismo, ofuscado pelo jeito harmonioso.
Apesar dos bombeiros, cada um anda para um lado e o tamanho de cada calda é o que os analistas estão a observar. João tem a caneta e a prevalência para tentar a reeleição; Ricardo tem a coragem de remar contra a maré e a fama de vencedor.
Como cantou Cátia de França em seu disco 20 palavras girando ao redor do sol…”quem vai, quem vem, balakatum balakubaca”.
Dércio Alcântara