Os deputados que compõem a bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) começaram a articular, na manhã desta terça-feira (24), a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as suspeitas de fraudes no Hospital Padre Zé, em João Pessoa, sob a direção do Padre Egídio.
De acordo com o líder dos oposicionistas, Wallber Virgolino (PL), a “investigação não pode ser seletiva, nem contra pessoas”.
“Nenhuma investigação pode ser seletiva. Não podemos escolher quem investigar. As pessoas vão ser envolvidas [na investigação] aos poucos. A gente não vai investigar pessoas, mas fatos. O que pretendemos é investigar de forma ampla. Chegar a quem participou [do esquema]. Seja da Igreja, sociedade ou administração pública. Quem desviou dinheiro e participou de ato de corrupção, tem que ser punido”, defendeu o parlamentar.
Até às 11h desta terça, tinham assinado o requerimento para instaurar a CPI os deputados Wallber Virolino (PL), George Morais (União), Anderson Monteiro (MDB), Sargento Neto (PL), Taciano Diniz (União) e Michel Henrique (Republicanos).
Em contrapartida, o deputado governista João Gonçalves (PSB) se manifestou contra a instalação da comissão. Ele acredita que ainda não é o momento de a Assembleia se envolver no caso, pois o fato pode se transformar em questão política.
“É muito prematuro a Assembleia fazer uma CPI. Tem que se respeitar os órgãos de fiscalização. O Gaeco, o Ministério Público, a Polícia Civil, todos que estão envolvidos na investigação, estão levantando todas as informações. E Assembleia vai fazer o que, política? Quem tem mais competência para investigar é a Assembleia ou os órgãos? Claro que são os órgãos. A Assembleia então vai fazer o que?”, indagou João.