Daniella tem razão. Com mais quatro anos garantidos no Senado e não precisando renovar o mandato no próximo ano, tem toda a lógica ela aventurar-se como candidata a governadora.
Aguinaldo é quem não pode arriscar um salto maior, pois o tombo pode expor suas fragilidades jurídicas e ainda doar de mão beijada a liderança da família Ribeiro a irmã.
Mas, convenhamos, mais do que um assunto interno do Progressistas, é decisão de foro íntimo e intrafamiliar.
Metendo o pé na porta e impondo o padrão que entre os Veloso Borges só disputa majoritária quem usa saia, Daniella vai de mansinho comendo com Nutella o sonho de grandeza do irmão, que já foi ministro e poderia chegar a ser senador, não fosse Daniella no meio do caminho.
Não disputando o Senado agora Aguinaldo estará também fora da próxima majoritária, pois a irmã será candidata a governadora agora justamente como antecipação de sua renovação de mandato ao Senado e dois não podem ao mesmo tempo ocupar os mesmos espaços na majoritária.
O que fica evidente nesse imbróglio familiar é que a criatura atropelou o criador e o pé de laranja lima quer tomar sozinha o próprio suco.
Dércio Alcântara.