Algumas perguntas precisam ser respondidas de verdade e os acusados pela formação de “uma gang” para dilapidar o patrimônio público, conforme afirma o empresário Daniel Gonçalves em um vídeo divulgado pelo site da revista Época, deveriam vir a público com explicações convincentes ao invés de se esconderem atrás de notinhas oficiosas divulgadas em blogs e sites que comem na mão da SECOM de Nonato Bandeira.
O governador não pode se limitar a fazer ameaças jurídicas a imprensa ou quem ousar lhe contrariar, como o fez em seu Twitter, ele precisa adotar providências e esclarecer os fatos, inclusive sobre o novo escândalo de 11 milhões na compra de livros sem licitação pelo Governo do Estado.
Que tal uma acareação na imprensa entre Daniel e Pietro? A procuração que a imprensa meia boca mostrou como a desculpa perfeita não serve porque mesmo com procuração o pagamento entre Prefeitura e pessoa jurídica tem que ser feito direto na conta da empresa e a liberação em cheques ao portador revela segundas intenções e confirma a versão de Daniel, que registrou tudo em um boletim de ocorrência.
Se a PMJP nada tem a ver com isso e é uma briga de sócios porque o principal acusado continua usufruindo prestígio junto ao irmão do governador, Coriolano Coutinho, ao secretário da Transparência, Alexandre Urquiza e ao vice-presidente do PSB, Edvaldo Rosas? Se fosse um trambique em carreira solo todos logo se afastariam dele.
Querem tapar o sol com uma peneira ao invés de determinarem uma investigação e posterior punição em quem deu a ordem para que pagamentos geralmente online fossem feitos em cheques de 2,3 milhões ao portador, que estranhamente foi sacá-los em Taperoá e Santa Luzia.
A quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico dos envolvidos, o levantamento da evolução patrimonial e a pressão da imprensa farão a verdade emergir à tona.
A notinha as SECOM veiculada nos sites e blogs da imprensa oficial ao invés de esclarecer, comprovam as denúncias de Daniel, que sustenta que entregou os livros, mas não recebeu.
É que o dinheiro ficou pelo meio do caminho e até agora o único acusado é o Pietro Harley, pessoa de confiança e livre trânsito na triangulação Coriolano-Edvaldo Rosas- Urquiza, justamente o núcleo duro do Coletivo RC.
Abaixo a procuração que a SECOM divulgou e o BO que Daniel apresentou.