O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) iniciou uma sindicância nesta quarta-feira (7) para investigar um médico pediatra suspeito de estuprar uma menina de 9 anos durante uma consulta em João Pessoa. O presidente do CRM-PB, Bruno Leandro, confirmou que uma denúncia formal foi apresentada pelo advogado da família da vítima.
De acordo com o presidente do CRM-PB, as sindicâncias geralmente levam 90 dias para apuração, mas, devido à gravidade da denúncia, o processo será acelerado.
“Dando amplo direito de defesa, a gente pretende de uma forma célere concluir até para que dê uma resposta a todos que tem interesse”, declarou Bruno Leandro.
Segundo a Polícia Civil, a vítima estava em uma consulta de rotina com o médico no dia 25 de julho, quando a mãe flagrou o abuso sexual. A investigação está em segredo de justiça e o nome do médico foi preservado.
Em entrevista à TV Cabo Branco, a mãe da vítima contou que estava com as duas filhas no consultório do médico. Ela afirma que transcrevia uma receita de remédios, enquanto o médico estava no outro lado do consultório brincando com a filha caçula dela no colo e, ao mesmo tempo, abusando da menina de 9 anos.
A mãe afirma que quando terminou de transcrever a receita, ela se levantou e se direcionou para a frente da maca e se deparou com o médico tocando as partes íntimas da criança. A mulher contou que retirou a filha do local, foi até a delegacia e registrou a denúncia.
“Eu tinha uma confiança absurda nele. Minha filha está com ele (sendo atendida) desde que nasceu praticamente. Ele já era médico da família do meu marido e eu divulgava para todas as mães. Eu dizia que só confiava nele”, disse a mãe.
O superintendente da Polícia Civil em João Pessoa, Cristiano Santana, explica que foram solicitados exames e começaram a colher os depoimentos de testemunhas. O depoimento do médico estava marcado para o dia 1 de agosto, mas ele apresentou um atestado e será ouvido em uma nova data, ainda nesta semana. Segundo o delegado, o homem não responde por outros crimes.
“O objetivo também de aprofundarmos as investigações, além de robustecer a denúncia específica, é verificar se há outras vítimas. Caso existam outras vítimas desse profissional, que procurem a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância da capital, localizada no Centro”, afirmou Cristiano Santana.
Com informações de g1 Paraíba