Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) estão desenvolvendo capacetes de ventilação não-invasiva especialmente para o tratamento da COVID-19, tendo em vista a indisponibilidade de versões comerciais no país. O projeto está sendo tocado pela equipe do Laboratório de Fabricação Digital (FABLAB/UFPB), com apoio do Governo do Estado por meio de edital da Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq).
A partir da utilização do Capacete, pretende-se disponibilizar uma alternativa de realizar ventilação não invasiva com geração mínima de aerossóis, garantindo assim, a segurança para a equipe e possibilitando oferecer oxigênio e pressão positiva sem realizar a entubação orotraqueal caso o paciente se adapte e responda satisfatoriamente, reduzindo assim, as possíveis complicações geradas pela ventilação mecânica, diminuindo uma das principais causas de infecção hospitalar, que é a pneumonia associada a ventilação mecânica.
“É uma técnica efetiva e de baixíssimo risco e custo para reduzir a mortalidade geral da doença. Além de que existe documentação consolidada acerca desse tipo de metodologia que permite suportar o uso desse tipo de equipamento, confirmando sua segurança e superioridade em relação a outros métodos disponíveis”, explicou o coordenador da pesquisa, Euler Macedo.
O pesquisador observou que uma vez constatada boa adaptação, é previsto o uso do Capacete de Ventilação Não Invasiva por até 15 dias. A continuação além desse período ou a interrupção deverá ser avaliada caso a caso, segundo critérios clínicos.