Francisco Lopes, padrasto de Júlia dos Anjos, de 12 anos, confessou em novo depoimento à Polícia Civil que estuprava a adolescente há quatro meses. Inclusive, antes de matá-la, havia praticado o abuso contra a adolescente. O homem foi ouvido novamente no fim da manhã desta terça-feira (19) pelo delegado Hector Azevedo.
Na manhã desta quarta-feira (20), o corpo de Júlia foi liberado pelo Instituto de Polícia Científica (IPC), sendo levado diretamente para o sepultamento no Cemitério Jardim Mangabeira.
No dia 12 de abril, o corpo da menina foi encontrado dentro de uma cacimba, após confissão de Francisco, que indicou onde havia deixado a adolescente.
Nos primeiros depoimentos, o suspeito do crime negava os estupros. Contudo, fontes ouvidas pela TV Cabo Branco relataram que Francisco confirmou durante uma audiência de custódia realizada na quarta-feira (13). Por isso, o suspeito prestou um novo depoimento nesta terça-feira (19).
O homem admitiu que abusou sexualmente de Júlia dos Anjos por quatro vezes, uma delas antes de assassiná-la. Ele ainda relatou que a mãe da adolescente dormia no momento do crime e, segundo o delegado Hector Azevedo, ela não tinha conhecimento sobre os casos.
A defesa de Francisco Lopes informou que ele foi ouvido sem a presença do advogado e que a orientação foi que o suspeito ficasse em silêncio durante o depoimento em respeito à família. O advogado Daniel Alisson está tomando conhecimento das informações.
Os crimes sexuais começaram há cerca de quatro meses, conforme o relato do suspeito. Ele ainda declarou que Júlia tentou resistir aos abusos. Perguntado como começou a se aproximar da criança, Francisco Lopes disse que a menina, por ser criança, andava de pijama e toalha pela casa, e ele “criou malícia”.
Francisco também confessou o crime e disse que a matou asfixiada ainda dentro de casa e que só depois levou o corpo para o local onde ele foi abandonado.
g1 Paraíba