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Compreender a complexidade da vivência de pessoas trans apoia luta por visibilidade, afirma especialista

17 de maio de 2023
em Brasil, Destaque2, Sociedade
Tempo de leitura: 4 mins de leitura
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Exame para detectar HPV na comunidade LGBTQIAP+ é disponibilizado gratuitamente pela Prefeitura da Capital

No dia 17 de maio, é celebrado o Dia Internacional Contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, uma causa que visa conscientizar as pessoas quanto à discriminação e violação dos direitos dos indivíduos LGBTQIAP+ em todo o mundo. A data busca aumentar o conhecimento sobre os eventos internacionais que destacam a luta pela igualdade de direitos, além de procurar promover a conscientização sobre os direitos dessa população, incluindo o acesso adequado e completo à saúde, que engloba serviços que vão além da terapia hormonal.

A assistência adequada à saúde de mulheres transgêneras e travestis, por exemplo, abrange a garantia de acolhimento e respeito à sua identidade de gênero em todos os equipamentos de saúde. Desde a atenção primária, nas unidades básicas, é fundamental que haja atendimento qualificado para garantir a efetivação dos direitos dessas populações. A Dra. Lucia Lara, presidente da Comissão Nacional Especializada de Sexologia da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), elucida que, para garantir a adequada prescrição da terapia hormonal de afirmação de gênero, é importante que essa população receba cuidados específicos de ginecologistas treinados.

Contudo, ela diz, mulheres em terapia de afirmação de gênero e/ou aquelas que já se submeteram a cirurgias do processo, podem ser acompanhadas na ginecologia geral para os exames de rastreamento de câncer de mama e outras condições clinicas, que são oferecidos pela rede pública de saúde para mulheres cisgêneras (cis), segundo os protocolos do Ministério da Saúde.

Segundo o Banco Mundial, existem cerca de 4 milhões de pessoas transgêneras ou não binárias no Brasil, sendo que parte dessa população se identifica como mulher e enfrenta inúmeros desafios em decorrência da sua identidade de gênero não corresponder àquela designada ao nascimento.

A saúde da mulher trans está intrinsecamente relacionada à sua sexualidade e bem-estar geral. “Em primeiro lugar, é preciso definir que a sexualidade é uma condição ampla que envolve aspectos biológicos, psicológicos, relacionais, ambientais e emocionais das relações do ser humano”, explica a Dra. Lucia Lara. “A forma como uma mulher trans vivencia sua sexualidade depende de sua situação individual, ou seja, algumas delas desejam a cirurgia de afirmação de gênero para ter uma neovagina, enquanto outras não desejam a transição cirúrgica e podem ter uma resposta sexual adequada com a presença do pênis”, completa.

A satisfação sexual é uma medida individual e independe da identidade de gênero de cada pessoa, seja ela trans, cis, binária ou não binária. “Para aquelas que desejam a cirurgia e não conseguem realizá-la, isso pode gerar constrangimento durante as relações sexuais e até mesmo levar à insatisfação sexual e evitação de atividades sexuais”, complementa a especialista.

A Dra. Lúcia explica ainda que o processo de afirmação de gênero pode envolver tanto a hormonização quanto a cirurgia. “Algumas dessas mulheres podem estar satisfeitas com sua genitália e apenas demandar a prescrição de hormônios, enquanto outras podem desejar a transição hormonal e cirúrgica”, explica.

Hormonização e desejo sexual

É valido considerar que o uso de hormônios em altas doses pode levar a uma redução abrupta da testosterona na mulher trans, um hormônio significativo para o desejo sexual tanto em mulheres cis quanto trans e pode ser reduzido pela hormonização.

“Apesar dessa redução do desejo sexual, muitas mulheres trans ficam felizes com as mudanças que ocorrem em seus corpos durante o processo de afirmação de gênero, como o aparecimento de características femininas, a exemplo do desenvolvimento das mamas e a redução dos pelos”, exemplifica a Dra. Lúcia.

A satisfação, analisa a Dra., com a autoimagem ao ver surgirem suas características femininas, pode contrabalançar a redução da testosterona e resultar em resgate do desejo sexual. Isto mostra a importância de cuidar para que estas mulheres tenham acesso aos serviços de saúde.

Quando a mulher trans realiza a neovaginoplastia, que é a cirurgia para a formação do canal vaginal, clitóris e grandes lábios, por exemplo, os estudos mostram que a maioria delas mantém sua capacidade de ter orgasmos e, na verdade, muitas melhoram seu funcionamento sexual após a transição hormonal e cirúrgica. Isso porque seu corpo está em conformidade com sua identidade de gênero, o que pode aumentar a satisfação sexual e o bem-estar emocional. Entretanto, é essencial lembrar que cada pessoa é única e pode ter experiências diferentes.

Todas as mulheres, sejam cis ou trans, valorizam muito o volume mamário e a terapia hormonal de afirmação de gênero pode proporcionar um aumento das mamas que chega ao seu estágio definitivo de 3 a 5 anos após o início da terapia com estrogênio. Esse órgão é extremamente relevante para elas, está relacionado à sedução e é uma das coisas mais importantes para elas em termos de aparência.

“Estamos empenhados em lutar para que a sociedade em geral compreenda e reconheça a importância da identidade trans. Infelizmente, a condição trans ainda é questionada por muitos, que acreditam ser uma escolha pessoal. Porém, vale ressaltar que a identidade de gênero é uma condição pré-existente, que ocorre antes do nascimento e não pode ser escolhida pelo indivíduo, assim como a orientação sexual. Embora a percepção e expressão da identidade trans possa ocorrer em diferentes momentos da vida, é uma condição biológica que não pode ser ignorada”, destaca a Dra. Lúcia.

A médica esclarece ainda que, infelizmente, a condição trans ainda é julgada de forma não-científica pela sociedade, sendo muitas vezes vista como um comportamento social e não uma variação biológica existente. Esse preconceito pode gerar grande sofrimento para as pessoas trans, que muitas vezes se sentem isoladas e excluídas da sociedade. No entanto, convém salientar que a identidade trans não é uma doença e nem uma “opção”, mas sim uma variação natural da condição humana.

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