A situação enfrentada pelo prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), que permanece abrigado em Israel após os recentes bombardeios ao Irã, relembra outro episódio envolvendo um político paraibano em meio a confrontos no Oriente Médio. Em outubro de 2023, o então vice-prefeito de Sousa, Zenildo Oliveira, e sua esposa, a odontóloga Yohana Silveira, também passaram por momentos de apreensão durante uma peregrinação religiosa ao país.
Na ocasião, o casal estava em Jerusalém quando o grupo foi surpreendido por um ataque surpresa do movimento islâmico Hamas a Israel. Zenildo relatou que, por volta das 6h da manhã, horário local, sirenes de alarme de guerra começaram a tocar intensamente na cidade. “Foram cerca de duas horas de sirenes ininterruptas. Tentávamos sair do hotel com segurança, enquanto o clima de tensão tomava conta da capital israelense”, disse à época.
Para conseguir deixar Jerusalém, Zenildo contou com o apoio de um intérprete que fazia parte do grupo de peregrinos brasileiros. O profissional ajudou na negociação com a direção do hotel, permitindo que os hóspedes deixassem o local em segurança. Durante o trajeto até o aeroporto, segundo Zenildo, era possível ver soldados israelenses nas ruas, reforçando a atmosfera de conflito.
O casal conseguiu seguir viagem de Jerusalém até Tel Aviv, e de lá embarcou para Roma, na Itália, antes de retornar ao Brasil. Os ataques daquele mês foram considerados um dos maiores já sofridos por Israel, com milhares de foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza e a infiltração de militantes armados no território israelense.
Agora, em 2025, é Cícero Lucena quem vive uma situação semelhante. Ele integra uma comitiva de gestores públicos brasileiros que está em Israel para participar do programa Muni Tour 2025. Após os bombardeios israelenses ao Irã e as ameaças de retaliação, o espaço aéreo do país foi fechado e os participantes do evento seguem abrigados por medida de segurança.
Cícero tem utilizado as redes sociais para agradecer pelas mensagens de solidariedade e informar que os governos de Israel e do Brasil estão mobilizados para garantir o retorno do grupo o mais breve possível.
Redação
