O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, está preocupado com a alta demanda de enterros de pessoas vítimas da Covid-19 nos cemitérios públicos na Capital. Segundo o gestor, o número de sepultamentos diários saltou de oito para vinte em razão da pandemia.
Durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta sexta-feira (12), Cícero revelou que enviou uma mensagem a um secretário durante a madrugada para externar sua inquietação sobre a lotação dos cemitérios. No sábado (13), o prefeito visitará os locais para averiguar a situação de perto.
“Quantos itens que nós estamos cuidando? Mas eu quero lhe dizer que hoje desce cedo, de madrugada, até o secretário me disse ‘eita, prefeito, o senhor me passou mensagem para mim de 1h30 da manhã’. Sabe para quê? Para discutir o problema dos cemitérios. Eu já fiz reunião hoje pela manhã para isso. Amanhã eu estarei visitando os cemitérios”, disse.
O elevado número de sepultamentos é uma consequência da pandemia do coronavírus, que vem vitimando cada vez mais pessoas na Paraíba. No boletim epidemiológico desta quinta-feira (11), 35 óbitos foram registrados no Estado, sendo 19 deles em João Pessoa.
“Nós aumentamos o número de óbitos na cidade. Se antes a gente tinha, em toda a cidade, oito enterros por dia, hoje nós estamos passando de 20. E muitos desses demandam espaço público. Os nossos cemitérios estão zerados”, relatou Cícero.
O gestor municipal quer celeridade na abertura de vagas em cemitérios, pretendendo começar já neste sábado (13) a providenciar novos jazigos. “Eu vou montar, a partir de amanhã, uma operação. Que a gente não veja na cidade de João Pessoa as cenas que a gente está vendo na televisão de fazer escavação em terrenos para poder enterrar. Nós vamos tentar recuperar aqueles que a gente puder desocupar os ossários para preparar”.
Cícero Lucena ainda expõe que a pandemia de Covid-19 traz desafios para diversas áreas, não só para a saúde. “Nós vamos cuidar disso também. Nós temos a responsabilidade e estamos trabalhando para isso. Então não é apenas um assunto. Não é apenas um motivo de nos preocuparmos. São vários”, concluiu.