O presidente Jair Bolsonaro não cansa de atacar o isolamento social, uma das principais recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para controlar o agravamento da pandemia de Covid-19. Dessa vez, ele classificou como “mimimi” o fechamento de atividades não essenciais e declarou: “Chega de frescura”.
Com o Brasil em iminente colapso, devido à constante alta de casos e recordes consecutivos no número de mortos, mesmo um ano após o início da pandemia, Bolsonaro segue contrariando as recomendações de autoridades da saúde para evitar um colapso no atendimento médico pelo país. Na semana passada, criticou o uso de máscaras de proteção, sendo rebatido por associações médicas e da saúde, o presidente continuou afrontando as medidas restritivas decretadas por governadores e prefeitos nos últimos dias, determinações estabelecidas por gestores preocupados com a saúde da população.
Durante cerimônia de assinatura de inauguração de um trecho da ferrovia Norte-Sul em São Simão (GO), obra que vai atender um terminal de grãos e facilitar o escoamento da produção agrícola do sudeste goiano até o porto de Santos (SP), Jair Bolsonaro discursou aos produtores rurais da região goiana.
“Vocês [produtores rurais] não ficaram em casa, não se acorvadaram. Temos que enfrentar nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi, vamos ficar chorando até quando? Respeitar obviamente os mais idosos, aqueles que têm doenças. Mas onde vai parar o Brasil se nós pararmos?”, declarou o presidente.
Os ministros Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e Fábio Faria (Comunicações), além do vice-governador de Goiás, Lincoln Tejota (Cidadania), que compareceu no lugar do governador Ronaldo Caiado (DEM), também estavam presentes no evento.
UOL