O Tribunal de Justiça da Paraíba suspendeu a audiência de instrução da segunda ação contra o padre Egídio de Carvalho, que aconteceria nesta segunda-feira (27) e seria realizada na Quarta Vara Criminal do Fórum Criminal de João Pessoa, sobre suposta fraude na compra de computadores pelo Hospital Padre Zé. Esse processo tem como réus, além do religioso, a ex-tesoureira Amanda Duarte da Silva Dantas e o empresário João Diógenes de Andrade Holanda, acusados de desvio de recursos públicos destinados à aquisição desses equipamentos.
A audiência foi adiada após questões de ordem levantadas pela defesa serem acatadas pela Justiça. Ainda não foi marcada uma nova data para a realização de nova audiência, pois irá depender da análise das questões acatadas e que seguem pendentes.
O advogado Diego Cazé, responsável pela defesa de João Diógenes, explicou que não teve acesso ao HD da investigação que foi entregue à Justiça pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e, por não ter conhecimento da íntegra desse conteúdo, houve “cerceamento de defesa”. Ainda conforme o advogado, o MPPB teria oferecido a um outro empresário envolvido no caso a possibilidade de fazer um “acordo de não persecução penal”, mas essa mesma possibilidade não foi apresentada ao seu cliente.
Já a defesa de Amanda Duarte alegou que a audiência foi adiada “em virtude de cerceamento do direito de defesa, pois nao foi franqueado acesso integral dos autos”. A defesa de Egídio de Carvalho Neto não se manifestou até o momento.
Essa é a segunda ação movida contra o padre Egídio de Carvalho Neto. Uma semana antes, no dia 20 de maio, já havia acontecido a audiência de instrução de outro processo contra o religioso, esse referente à suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do Hospital Padre Zé. São réus também, nesse primeiro processo, Amanda Duarte da Silva Dantas e a ex-diretora Jannyne Dantas Miranda e Silva.
Redação com informações de g1 Paraíba