• Sobre
  • Contato
11/09/2025
Blog do Dércio
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo
Sem Resultado
Ver todos os resultados
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo
Sem Resultado
Ver todos os resultados
Blog do Dércio
Sem Resultado
Ver todos os resultados
Início Brasil

Carta de Fortaleza: O piso é constitucional e o mérito é da Enfermagem

18 de setembro de 2022
em Brasil, Destaque2, Justiça, Saúde
Tempo de leitura: 4 mins de leitura
A A
Coren PB apresenta impugnação em dois concursos na PB por salários incompatíveis

O Brasil sediou o maior congresso de Enfermagem da América Latina. Em sua 24ª edição, o Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF) se consolida como um dos maiores eventos da área no mundo. É uma realização que orgulha o país, pelos relevantes benefícios que produz para a sociedade brasileira e para a humanidade.

O evento é espaço legítimo de discussões políticas, econômicas e sociais que envolvem a Enfermagem, pois é o ambiente que representa todos os entes federados, que podem opinar de maneira qualificada sobre os rumos e movimentos da profissão.

Diante do cenário, neste ano, a mensagem é direta e objetiva: a Enfermagem brasileira reafirma em uníssono que não abrirá mão de um piso justo e decente, que seja suficiente para erradicar os salários miseráveis que são praticados contra trabalhadoras e trabalhadores da ciência do cuidado. Chega! Não é mais possível conviver com enfermeiras e enfermeiros recebendo 1.300 reais por 176 horas de trabalho mensal e muito menos com técnicas, técnicos e auxiliares de Enfermagem ganhando 900 reais líquidos ao mês por 44 horas de trabalho semanais.

Esse problema já poderia estar resolvido. A rigor, o 24º CBCENF deveria ser um momento de plena celebração para a maior categoria profissional da saúde brasileira, mas o instante é de profunda apreensão e reflexão. Após 25 anos de lutas incansáveis, a categoria finalmente conquistou um piso salarial digno (Lei 14.434/22), com expressa previsão constitucional (Emenda Constitucional nº 124).

Nem mesmo os estudos de viabilidade orçamentária e econômica, já realizados pelo Congresso Nacional e pelo Poder Executivo, foram suficientes para demover a decisão liminar até agora. Tampouco os pareceres jurídicos do Ministério Público Federal (MPF), da Advocacia-Geral da União (AGU), da Câmara, do Senado e da Presidência da República nos autos da ADI 7.222, atestando a constitucionalidade do piso, foram consideradas para impedir a suspensão temporária da lei.

De acordo com relatório especial da Câmara dos Deputados, o investimento necessário para cumprir a lei e erradicar os salários miseráveis na área da Enfermagem representa somente 2,7% do PIB da saúde, 4% do orçamento do SUS, 2% de acréscimo na massa salarial dos contratantes e 4,8% do faturamento dos planos de saúde em 2020. É importante pontuar que a categoria responde por aproximadamente 50% da força de trabalho da saúde. Portanto, não só é possível, como é urgente e necessário valorizar quem está na linha de frente para cuidar dos pacientes.

É verdade que Entidades Filantrópicas, Santas Casas e municípios pobres passam por dificuldades, mas elas não foram causadas pela Enfermagem. Pelo contrário, é graças à abnegação de enfermeiras, enfermeiros, técnicas, técnicos e auxiliares de Enfermagem que essas organizações continuam abertas, a despeito de todos os obstáculos que enfrentam. Em razão disso, os Conselhos de Enfermagem convidam essas entidades a ficarem ao lado das trabalhadoras e dos trabalhadores, com quem sempre puderam contar, e contra quem usa a imagem dessas instituições apenas para defender interesse econômico privado, sem apontar soluções para os problemas concretos do setor. Do lado certo, é possível encontrar saídas para o sub-financiamento da saúde.

Assim como venceu no debate político, a Enfermagem vencerá no debate jurídico, pois não restam dúvidas e sobram evidências concretas de que o piso é constitucional e de que o mérito do processo é da Enfermagem.

Aliás, embora tenha suspendido o piso da Enfermagem, o ministro Luís Roberto Barroso já afirmou, literalmente, que não é contra a lei que garante esse direito. O magistrado diz que espera apenas a indicação das fontes de custeio para declarar a constitucionalidade da norma. Sendo assim, o Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem segue empenhado na busca de soluções políticas concretas, como a desoneração das folhas de pagamento do setor, a atualização da tabela do SUS, a criação de mecanismos de compensação financeira e a destinação de royalties do petróleo e de recursos das loterias para as instituições de saúde.

Importante registrar que os Conselhos de Enfermagem não podem atuar em processos trabalhistas, negociações coletivas e ações particulares, assim como não podem convocar, aderir ou incentivar greves, pois a lei não permite. Essa prerrogativa é dos sindicatos, mediante consulta à categoria.

Diante desse quadro, os Conselhos de Enfermagem continuarão atuando junto às autoridades competentes e mantendo um amplo e democrático debate, para construir soluções políticas e jurídicas efetivas para os problemas complexos, que se colocam a frente da categoria. Da mesma sorte, o Conselho Federal de Enfermagem e os Conselhos Regionais acreditam no envidamento de esforços de todos os atores envolvidos neste processo, pois não é possível a qualquer pessoa ou instituição de bom senso ser indiferente ou se colocar contra a valorização das trabalhadoras e dos trabalhadores da ciência do cuidado.

Neste momento de incertezas vale lembrar que, somente após enfrentar a maior crise sanitária da história do país, a Enfermagem brasileira foi verdadeiramente ouvida pela sociedade e pelo Congresso Nacional. Contudo, a luta da categoria para ter espaço de fala não é de hoje e o momento requer resiliência e perseverança, pois a voz da Enfermagem continuará reverberando para prevalecer nos momentos de decisão.

O relator-geral do orçamento 2023 no Senado já garantiu os recursos necessários para o pagamento do piso da Enfermagem no setor público. Para o setor privado e filantrópico existem seis opções de financiamento em discussão no Congresso Nacional. Com essas soluções, a Enfermagem está muito próxima de superar o único empecilho que falta para ter um desfecho favorável no Supremo Tribunal Federal (STF). Portanto, agora é o momento de manter a mobilização que conduziu a categoria até aqui e que a conduzirá em um futuro mais promissor.

 

 

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM – COFEN
CONSELHOS REGIONAIS DE ENFERMAGEM – COREN
COREN-PB.
CompartilharTweetarEnviarCompartilharLerEnviar
Matéria Anterior

Renato Meireles divulga nota após briga com Gervásio Maia em Guarabira

Próxima Matéria

Em Londres, Bolsonaro vai a posto para comparar preço dos combustíveis

Matérias Relacionadas

Veneziano exalta aprovação de proteção a crianças em ambientes digitais, mas alerta para a necessidade de proteger todos os usuários
Brasil

Veneziano exalta aprovação de proteção a crianças em ambientes digitais, mas alerta para a necessidade de proteger todos os usuários

28 de agosto de 2025
Prefeitura de João Pessoa conquista prêmio nacional com plataforma que dá voz ao cidadão
João Pessoa

Prefeitura de João Pessoa conquista prêmio nacional com plataforma que dá voz ao cidadão

28 de agosto de 2025
“O atual governo em nenhum momento quis esconder”, diz Veneziano ao analisar criação da CPMI do INSS
Brasil

“O atual governo em nenhum momento quis esconder”, diz Veneziano ao analisar criação da CPMI do INSS

28 de agosto de 2025
Próxima Matéria
Em Londres, Bolsonaro vai a posto para comparar preço dos combustíveis

Em Londres, Bolsonaro vai a posto para comparar preço dos combustíveis

  • Sobre
  • Contato

© 2023 Todos os direitos reservados ao Blog do Dércio

Sem Resultado
Ver todos os resultados
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo

© 2023 Todos os direitos reservados ao Blog do Dércio