Com menos de dois meses de mandato pela frente na Procuradoria-Geral da República (PGR), Raquel Dodge tem, não é segredo, uma fila de investigações paradas (leia mais em Letargia na PGR).
A partir do vazamento de mensagens de Deltan Dallagnol no Telegram, a Lava-Jato, maior operação de combate à corrupção do país, vive a crise mais aguda desde a sua deflagração, em 2014.
O trabalho técnico de compartilhamento de dados entre a instituição e o COAF está em xeque – paralisando uma série de investigações importantes no país desde a canetada do presidente do Supremo, Dias Toffoli.
Dito tudo isso, qual a prioridade de Dodge neste momento? A venda de cerveja em estádios de futebol. A procuradora-geral ajuizou no STF três ações diretas de inconstitucionalidade com pedido de liminar contra leis estaduais – Mato Grosso, Ceará e Paraná – que autorizam o comércio e o consumo de bebida alcoólica em estádios de futebol.
Caro a Jair Bolsonaro e evangélicos bolsonaristas, o tema seria lateral na PGR, não fosse o fato de Dodge estar em franca campanha por um novo mandato – que só Bolsonaro pode lhe dar.
Da redação com Veja