Desde 18 de junho do ano passado que o açude de Boqueirão entrou no chamado ‘volume morto’, que é quando o reservatório chega a um nível tão baixo que se torna impossível fazer a captação convencional, por meio de gravidade. Mesmo com a chegada das águas da Transposição do São Francisco à Paraíba, o fim do racionamento ainda será avaliado pela Cagepa – não há uma previsão imediata.
Àquela época, o açude atingiu 8,22% de sua capacidade total, que é superior a 411 mil metros cúbicos de água. Atualmente, de acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), a situação é mais grave: o reservatório está com apenas 3,7% de sua capacidade. O racionamento de água em Campina Grande e nas outras 18 cidades abastecidas pelo reservatório começou, porém, bem antes, em novembro de 2014, quando a falta de chuvas na região se agravou.
Mesmo com a chegada das águas da Transposição do São Francisco à Paraíba, o fim do racionamento ainda será avaliado pela Cagepa – não há uma previsão imediata. A direção do órgão afirmou que haverá uma redução gradativa do procedimento, mas o fim do racionamento somente será possível quando o açude sair do volume morto, o que deverá demorar dois meses, a partir de abril. Essa estimativa tem por base o fato de que o açude vai receber 5 metros cúbicos de água por segundo. Contudo, a ocorrência de chuvas em volume significativo poderá reduzir esses prazos.
Saiba por onde chegarão as águas da Transposição – As águas oriundas do Programa de Integração do Rio São Francisco, através Eixo Leste chegarão ao alto Rio Paraíba no município de Monteiro, no início do mês de março, sendo conduzidas, pelo próprio rio até a Barragem Boqueirão (Pres. Epitácio Pessoa), seguindo até a Barragem Acauã, beneficiando nesse primeiro momento aproximadamente 900 mil pessoas em toda a região do cariri e região metropolitana de Campina Grande, um total de 44 municípios.
Fonte:PbAgora