Não tendo muito o que fazer para reverter o cenário desfavorável para o restabelecimento do voto impresso no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que perdeu a guerra eleitoral que travou, em entrevista ao canal da TV Piauí, no Youtube. Ele atribui a derrota à interferência do ministro Luís Roberto Barroso, do Tribunal Superior Eleitoral.
“Eu não quero adiantar, eu tenho que no plenário temos mais do que suficiente, mas como está se encaminhando essa votação na comissão, a tendência é ser rejeitada na comissão por interferência do ministro Barroso”, disse Bolsonaro.
Primeiramente, o projeto do voto impresso deve ser votado no âmbito de uma comissão especial da Câmara. Somente depois, será submetido a votação do plenário, onde precisa de pelo menos 308 votos favoráveis dos 512 possíveis. O presidente da Câmara só vota em caso de empate e isso está longe de acontecer.
Barroso também é integrante do Supremo Tribunal Federal e foi convidado para discutir o projeto do voto impresso. Na ocasião, ele argumentou pela manutenção do voto em urnas eletrônicas, em vigor no Brasil há 25 anos. No debate, onze partidos lhe deram razão.
Desde a instalação do voto eletrônico no país, não há um único registro de fraude nas eleições. Já com voto em cédula, há inúmeros casos. Bolsonaro que duvida do sistema eletrônico foi eleito por ele, assim como seus filhos, os atuais deputados e senadores. Por que a dúvida só agora? Prevendo um possível desastre, o presidente espalha que, caso seja derrotado em 2022, o motivo é a fraude na urna eletrônica.
Com informações do Blog do Noblat.