Deixei Cássio ser diplomado para não estragar-lhe o saborear da diplomação, mas não posso e não vou concordar com o que está acontecendo na política brasileira, onde quem tem ficha suja volta reciclado e sai por aí limpinho, como se fosse um bumbum de bebê.
Concordo com quem diz que ele é um grande político, carismático e tal, mas é sempre bom lembrar que foi Cássio quem criou o cenário do seu calvário quando foi relapso no exercício do cargo de governador.
Aliás, Cássio é um péssimo gestor e desde as disputas para prefeito em Campina que tem dificuldade de se eleger com maioria folgada.
Ser um governador meia boca e depois dizer que vai quebrar o estado para não perder foi o maior erro de sua vida e isso lhe perseguirá por muitos anos ainda.
Não sou hipócrita e não vou aqui dizer que não tenho admiração por Cássio, pois como a maioria dos paraibanos também esperei muito dele, mais até do que ele poderia oferecer.
Cássio é produto do meio, filho pródigo de uma oligarquia. E só.
Quando ele tirou a foto com Agra em Campina, domingo último, mandou o seguinte recado para Ricardo Coutinho: se você me ajudar aqui eu te ajudo lá…atrapalhando.
É que os Cunha Lima nunca fizeram campanha sem a máquina e dessa vez eles dependem 100% dos outros, no caso, RC.
Mas, sinceramente, não acredito que Ricardo caia nos encantos de Cássio. Quando Cássio diz que se integra e apóia a reeleição de RC ele ta dizendo “faça por mim agora que talvez eu possa fazer por você depois”.
Se Cássio é inelegível ou elegível isso é uma coisa que vai se arrastar até as vésperas de 2014.
Então, RC não tem garantias de que Cássio está amarrado. E se não tem vão conviver cada um com uma carta escondida na manga.
Antes Cássio precisa ser empossado e se fixar na cadeira de senador. O que acho muito difícil.
Como diria Gilberto Gil: chega de drama banal.