A Paraíba perdeu 546 leitos hospitalares de dezembro de 2010 a julho de 2014, conforme dados do Ministério da Saúde (MS). Ao contrário do que vem sendo divulgado pela propaganda oficial do governo, os espaços para atendimento hospitalar vêm diminuindo e o Estado não vem abrindo novos leitos em quantidade suficiente para reverter o déficit. Segundo atesta o Ministério, na rede estadual apenas seis leitos foram criados de 2010 até hoje.
A situação nos hospitais do Estado foi mostrada no programa eleitoral da coligação A Vontade do Povo, nesta quarta-feira (27). Foram revelados os dados do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES – MS), que mostram que, em dezembro de 2010, último ano do governo anterior, existiam 1.872 leitos em hospitais do Estado. Em julho desse ano, eram 1.878 leitos. Um aumento de apenas seis novas unidades durante toda atual gestão.
Uma realidade bem diferente do quem vem sendo dito pelo governo. Em junho, a propaganda oficial divulgou que haviam sido criados 600 leitos. Porém, o total aumenta a cada debate ou pronunciamento do governante socialista. Agora já se fala em cerca de mil leitos criados.
Macas
As imagens mostraram ainda que os principais hospitais da Paraíba estão cheios de macas de ambulâncias sendo usadas como camas para abrigar doentes. No Hospital de Trauma de Campina Grande foram flagradas 56 macas identificadas como leitos e no Hospital de Trauma de João Pessoa, 49. O Ministério da Saúde não registra macas como leitos hospitalares, porque determina que esses equipamentos devem ser usados para o transporte de pacientes ou para atendimentos em consultórios.
As macas, em alguns casos, são retidas das ambulâncias do Samu, como mostrou reportagem de uma emissora de TV nacional. Sem macas o Samu fica impedido de prestar socorro à população. Elas fazem falta nas ambulâncias do Samu, mas viram leitos nas estatísticas do Governo.
Propostas
Para melhorar a Saúde no Estado, Cássio Cunha Lima propõe a construção do Hospital de Trauma do Sertão; a conclusão do hospitais de Santa Rita e Patos; a ampliação dos serviços de urgência e emergências nos hospitais regionais, com atendimento especializado em cardiologia, ortopedia, obstetrícia, atendimento vascular e câncer; Centros de Diagnósticos por imagem e Serviços de Hemodiálise para o interior.
“Vamos reforçar, em parcerias com as prefeituras, os serviços de atenção básica. E vamos descentralizar os serviços de Saúde para que as pessoas que moram no interior do Estado não tenham que se abalar para Campina Grande ou João Pessoa para fazer uma ressonância magnética, por exemplo”, reforçou Cássio.
Quando governou a Paraíba, só em João Pessoa, Cássio Cunha Lima (PSDB), abriu 175 novos leitos hospitalares, com as reformas da Maternidade Frei Damião e dos Hospitais Clementino Fraga e Arlinda Marques. Ele também reformou os hospitais regionais de Queimadas, Itabaiana, Catolé do Rocha, Sumé e a Maternidade de Monteiro, além do antigo PAM de Jaguaribe (João Pessoa) e outras unidades em todas as regiões do Estado.