O Peccin, um dos frigoríficos investigados na Operação Carne Fraca, demitiu os quase 500 funcionários.
Os 300 trabalhadores da fábrica em Curitiba foram informados das demissões pelo sindicato quando chegavam para uma assembleia.
“A gente fica nervoso, fica sem saber o que fazer, porque é uma coisa que nos pegou de surpresa”, diz um trabalhador.
Na segunda-feira (27), o Peccin tinha demitido os 177 funcionários de Jaraguá do Sul, Santa Catarina. As duas fábricas estão interditadas desde o início da Operação Carne Fraca, há dez dias.
O Peccin produz salsicha, linguiça e defumados com a marca Italli.
A Peccin é investigada por “armazenamento em temperaturas absolutamente inadequadas, aproveitamento de partes do corpo de animais proibidas pela legislação, utilização de produtos químicos cancerígenos, produção de derivados com o uso de carnes contaminadas por bactérias e, até, putrefatas”. A Peccin nega as irregularidades.
A Polícia Federal investiga a suspeita de que a unidade de Curitiba usava carne estragada e adicionava produtos químicos para mascarar o cheiro. O Peccin de Jaraguá do Sul, segundo o Ministério da Agricultura, não fazia controle para permitir que os produtos fossem rastreados. O governo já tinha determinado que o frigorífico retirasse do mercado todos os itens da marca Italli.
Os advogados do frigorífico não quiseram se manifestar sobre as demissões. Os donos do Peccin estão presos. Nesta terça, eles prestaram depoimento à Polícia Federal.
Fonte:Globo.com