A reforma da Previdência já são favas contadas. Vai ser aprovada uma reforma, sim. Vamos ver qual e com que economia. Só os muito otimistas acreditam que possa ser votada na Câmara em julho. Hoje, tudo indica que ficará para o segundo semestre. Uma questão de suma importância, como a extensão da reforma aos Estados, ainda não está definida.
Dado o cenário, o governo decidiu ter uma ideia: lançar uma campanha publicitária que, mais uma vez, tem a nada disfarçada intenção de pressionar o Congresso e jogá-lo contra a opinião pública. E a estrela da hora em mais esse trabalhinho de tentativa de degradação do Parlamento é o ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Com a reforma da Previdência ainda por acontecer, pois, o governo lança na próxima semana uma campanha publicitária para popularizar o chamado “pacote anticrime” de Moro.
Quem entendesse a democracia segundo o filtro da independência entre os Poderes, faria o quê? O óbvio. Entregaria as propostas ao Congresso, daria o devido tempo para que os senhores parlamentares analisassem o texto, faria o debate de ideias, negociaria… Mas não Bolsonaro. Não Sérgio Moro. Tudo tem de ser feito na base do confronto.
O projeto de Moro é uma soma de aberrações. Sem que este senhor tenha apresentado até agora nem sequer um diagnóstico da superlotação dos presídios, seu texto investe no aumento do encarceramento.
A análise é do colunista Reinaldo Azevedo, do portal UOL.
Da redação