A defesa do caso dos adolescentes de classe alta suspeitos de cometerem estupro contra quatro crianças estudantes do colégio Geo Tambaú, contando com a ajuda do zelador, foi assumida pelo advogado criminalista Aécio Farias.
De acordo com o advogado, é imprudente tachar os adolescentes de culpados quando o processo ainda está no nascedouro.
O advogado lembrou, ainda, do caso da Escola Base, em São Paulo, em que os proprietários foram acusados de estupro contra os alunos, tiveram a vida destruída, a escola depredada e, ao final, foi provada a inocência deles e diversos meios de comunicação foram condenados a pagar altas indenizações.
“É absurdo o que estão fazendo com esses rapazes, expondo suas fotos, tachando-os de estupradores sem nem conhecerem o processo. Espero que essas mesmas vozes que os atacam também ecoem quando souberem da verdade.”
Durante o programa na Rádio Correio nesta terça-feira (12), o representante afirmou que as provas são ‘extremamente frágeis’. Segundo ele, o exame pericial feito na criança não atestou estupro.
“Não existe uma grande de prova”, pontuou o advogado, que também apontou que a apreensão dos estudantes foi uma ‘medida extrema’. Segundo ele, a defesa quer esclarecer os fatos.
“Se existisse um fato novo para justificar essa apreensão, o Ministério Público sabe desse processo há muito tempo e agora, após uma audiência que as vítimas sequer foram ouvidas foi requerida essa medida extrema”, ressaltou.
Segundo o advogado, a defesa agora vai aguardar os próximos passos.