Instituições bancárias que não aguentam mais perder recursos para os bandidos que explodem caixas eletrônicos estão decidindo reduzir agências na Paraíba, num grito de alerta como quem diz fui assaltado e não gostei. O mesmo fizeram pessoas ontem nas areias da praia ao lançarem o movimento “Fui assaltado”.
Cruzes e caixões enfeitaram as areias de Tambaú e quem já foi assaltado, haja exemplos numa Paraíba violenta, se sentiu representado.
Eu mesmo já fui assaltado na porta de casa por dois bandidos em bicicletas. Estava com a família e fomos todos rendidos e uma arma foi apontada para mim.
Decidimos sair do 13 de Maio por que um outro marginal foi até o interfone da minha casa avisar que estava disposto a não me fazer um mal que mandaram, caso eu pagasse a ele mais do que lhe haviam pago.
Apavorada, minha esposa Sellma pediu naquela mesma noite para irmos dormir em um flat, onde ficamos dois anos até sairmos para morar em um apartamento.
Estamos todos a mercê da marginália. O crac incrementou o número de bandidos nas ruas, pois os viciados engrossaram os cordões e passaram a cometer pequenos furtos, esses que sofremos quando somos abordados na rua e nos levam o celular, o relógio e ainda somos gratos quando deixam o chip com a agenda e a vida.
Obviamente que o problema é social e o investimento tem que priorizar educação e geração de empregos, pois o Estado tem que concorrer com o traficante, mas o governador poderia amenizar o clima de terra de ninguém ampliando o efetivo das polícias e para tanto já tem a disposição concursados numa longa agonia de espera.
Eu também já fui assaltado e não gostaria de ser de novo e se RC quer mesmo ser candidato a Presidente ou lá na frente ser lembrado pela história, terá que debelar a violência em sua jurisdição.
Mas, como já disse, antes terá que se livrar de Cláudio Lima e do seu enrolation estatístico.