A campanha Fora Bolsonaro, fórum que reúne as organizações que encabeçaram os atos pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro em 29 de maio e 19 de junho, decidiu convocar para 3 de julho nova mobilização nacional.
Antes do caso Covaxin, a data escolhida havia sido o 24 de julho. Após as denúncias apresentadas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) na CPI da Covid, o movimento entendeu que é necessário aumentar a pressão pelo impeachment do presidente. Haverá manifestações por todo o país no dia 03 de julho e 24 do mesmo mês.
Além disso, o ato de entrega do superpedido de impeachment em Brasília, na quarta-feira (30), deverá ser reforçado.
As principais pautas da campanha são a saída do presidente, aceleração da vacinação, auxílio emergencial de R$ 600 e fim da violência policial.
“Optamos por adicionar o dia 3 de Julho no calendário porque os novos fatos demonstrados pela denúncia do caso Covaxin deixam ainda mais evidentes o descaso desse governo com o povo, e incendiaram ainda mais a vontade das pessoas de ir às ruas. Dia 30 estaremos em Brasília, dia 3 no Brasil todo e nosso calendário de mobilizações continua por todo o mês de julho”, disse o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão.
A campanha é encabeçada pelas frentes Povo Sem Medo, a Brasil Popular e a Coalizão Negra por Direitos, que reúnem centenas de entidades do chamado campo progressista. Também participam PT, PCdoB e PSOL.
De acordo com Luis Miranda, Jair Bolsonaro teria deixado de informar as autoridades sobre denúncias de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin que estariam sendo coordenadas pelo líder de seu governo, Ricardo Barros (PP-PR), cacique do centrão.
As deputadas Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) têm debatido a possibilidade de acrescentar as acusações referentes a Barros e Bolsonaro ao superpedido de impeachment que será protocolado na Câmara dos Deputados na quarta-feira (30).
Foto: Sérgio Lima.