Apesar de dizer que não quer negociar com o Congresso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) avança nos bastidores com ofertas de cargos a partidos do chamado centrão, em ofensiva para isolar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e formar uma base que lhe garanta vitórias no Parlamento.
Além do comando do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) ao PP e o da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) ao PSD, como mostrou a Folha no sábado (18), o governo está oferecendo também postos em estatais importantes: o PP ficaria com a presidência do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), que fica sob o guarda-chuva do MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional) e o PL teria o Banco do Nordeste e a Secretaria de Vigilância em Saúde, do time do recém-empossado ministro Nelson Teich.
Quem classificou os acordos como “demagogia e hipocrisia” foi o braço-direito de Bolsonaro, deputado federal Julian Lemos (PSL). No twitter, o parlamentar disse que a entrega de cargos a um dos setores políticos que o presidente mais criticou é fruto de inabilidade política e prepotência. Confira a sequência de tuítes com as críticas: