Após a Petrobras anunciar um novo reajuste nos combustíveis, a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (ABRAVA) cobrou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e ameaçou, em nota divulgada nessa sexta-feira (17), que pode realizar uma nova greve no Brasil.
Foi anunciado um reajuste de 14,25% no preço do Diesel e 5,18%, no preço da gasolina. Estima-se que, em algumas cidades do País, o diesel ultrapasse a gasolina nas bombas, chegando a R$ 9 (nove reais) o litro.
“A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente, se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o provável”, afirma a nota da associação.
A associação, liderada por Wallace Landim, o “Chorão”, entende que o aumento se deve à política de preços da Petrobras que vem causando “caos econômico” na sociedade.
Para “Chorão”, um dos líderes da greve dos caminhoneiros em 2018, não ter reestruturado a política da empresa foi a “grande falha e incompetência do Governo Bolsonaro”. As críticas também não poupam o ministro da Economia, Paulo Guedes.
“O Ministro apelidado de posto Ipiranga, que deveria resolver esse problema é o grande culpado deste caos, e hoje chegamos nesse ponto crítico, sendo que ainda temos sérios riscos de falta de diesel. Bolsonaro precisa entender que ficar dando “chilique” não vai resolver o problema”, criticam.
“Os caminhoneiros autônomos tem 3 grandes contas para pagar: 1º A nossa casa, (aluguel, comida, luz, água e etc.), 2º o Diesel (sem ele o caminhão não anda), 3º a manutenção do caminhão, essa terceira conta não está sendo paga, colocando em risco sua própria vida e a de terceiros. O caminhoneiro estão sendo esmagado pela inflação e pela alta do diesel”, finaliza o texto.