Após 20 dias de uma megaoperação, com mais de 270 policiais, Lázaro Barbosa, de 32 anos, foi morto, nesta segunda-feira (28), em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do DF. Acusado de diversos crimes, ele fugiu três vezes da prisão.
O fugitivo foi atingido por vários tiros. Após ser baleado, ele foi levado por uma viatura do Corpo de Bombeiros para o Hospital Municipal Bom Jesus. A morte foi confirmada pela Polícia Técnico-Científica de Goiás. Por volta de 11h10 uma viatura do Instituto Médico Legal (IML) chegou aos fundos da unidade de saúde.
Policiais comemoraram o fim do trabalho de 20 dias de buscas pelo fugitivo. Moradores de Águas Lindas e de Cocalzinho de Goiás soltaram fogos em celebração à captura de Lázaro.
A captura foi divulgada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). Em vídeo, ele parabenizou as forças policiais que atuaram na força-tarefa de buscas pelo fugitivo.
Condenado por assassinatos e estupros, o fugitivo da Justiça era procurado por uma série de crimes na Bahia e em Goiás. Ele também é acusado da morte de quatro pessoas de uma família em Ceilândia, no Distrito Federal, e de um caseiro de uma fazenda no distrito de Girassol, em Goiás.
A Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) informou que Lázaro é investigado por mais de 30 crimes, cometidos no estado, Bahia e Distrito Federal. A maioria desses crimes é de latrocínio (roubo seguido de morte).
Ainda de acordo com a pasta, a megaoperação durou 15 dias e teve participaram da ação as Polícias Civil e Militar de Goiás e do Distrito Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DF) e Corpo de Bombeiros Militar (CBMGO).
Desde o dia 9 de junho, quando um casal e dois filhos foram assassinados no DF, o suspeito era procurado. Dois dias após este crime, segundo a polícia, Lázaro roubou um carro e fugiu para Cocalzinho de Goiás. Desde então, empreendeu uma fuga cinematográfica pelas matas da região.
Enquanto fugiu por esses dias, Lázaro invadiu ao menos 11 fazendas, baleou moradores, dois policiais militares e um oficial da Força Aérea Brasileira (FAB).
Além disso, Lázaro fez uma família refém – o casal e uma adolescente de 16 anos. Durante o sequestro, as vítimas contaram que o criminoso exigiu que eles andassem em córrego para não deixar rastros.
Drones, helicópteros, rádios comunicadores e até um caminhão que tem plataforma de observação elevada de vídeo monitoramento ajudavam na procura. As autoridades policiais informaram que ele tinha facilidade de se esconder por ser mateiro, caçador e conhecer bem a região.
Cães farejadores também atuaram na caçada ao Lázaro, entre eles, cadela Cristal, que ajudou nas buscas em Brumadinho (MG). Um vídeo divulgado pela Polícia Militar mostra o momento em que um pastor alemão do Comando de Policiamento de Cães (CP Cães) é carregado nas costas por um militar após se ferir durante as buscas.
Durante as buscas, os policiais ainda encontraram um carro queimado e alguns objetos, como um lençol usado e um serrote. Todos os itens passam por perícia para verificar se eles tem relação com Lázaro Barbosa.
Durantes os dias de fuga cinematográfica, ele invadiu fazendas, baleou quatro moradores, um policial e fez uma família refém. O secretário de segurança pública, Rodney Miranda, informou que ele seguia um ritual ao atacar as vítimas.
“Ele leva para beira do rio, manda tirar as roupas e uns ele acaba matando. Acredito que esse seria o destino dessa família hoje”, disse secretário.
G1 Goiás