Dez assassinatos em menos de doze horas registrados na Grande João Pessoa entre a noite desta quinta-feira (25) e manhã desta sexta-feira (26) revelam o cenário de guerra que impera em nosso estado.
A reunião do governador Ricardo Coutinho com a cúpula da segurança do estado exigindo a redução da criminalidade e a ocultação de dados sobre a violência na Paraíba não surtiu o efeito desejado e cabeças podem rolar a qualquer momento.
O clima de insegurança e a sensação de que a polícia não trabalha podem ser explicada facilmente. A tropa resolveu fazer a ‘Operação Tartaruga’ numa retaliação ao tratamento dispensado pelo governador.
Falta de munições, armamentos, coletes de segurança e valorização do servidor não estimulam nossa polícia a ir às ruas prender bandidos e até mesmo evitar crimes.
A prova disso é que nos últimos meses a Paraíba é alvo recorrente de matérias nacionais que nos expõem ao ridículo. João Pessoa, antes conhecida como uma cidade pacata, agora é uma das mais violentas do mundo.
O povo exige uma resposta de um governo eleito com a promessa de fazer 40 anos em 4 e de fazer um choque de gestão na segurança pública. Até agora, a situação só piora, os bandidos estão a solta e nós, cidadãos de bem, presos em casa.
Confira a relação de homicídio
1 – Registrado em Santa Rita, por volta de 17h. Um homem aparentando 25 anos foi encontrado morto dentro de um Celta, de cor prata, na comunidade Volta do Coimbra, próximo à usina São João. A vítima foi assassinada com três tiros.
2 – Mais cedo, um homem foi morto no Distrito de Livramento.
3 – Já por volta de 20h30, mais um crime foi registrado. Max de Lima Silva, 48 anos, foi morto com vários tiros.
4 – Segundo a polícia, ele estava numa rua próxima à Vila Olímpica no bairro Valentina Figueiredo quando foi perseguido por alguns rapazes. A vítima tentou se esconder numa casa, mas foi alcançado pelos acusados que o mataram na garagem dessa residência. Ainda segundo relato da polícia, Max de Lima era ex-presidiário e atualmente dava aulas de futsal para crianças do bairro.
5 – Já às 20h57, dois homens foram mortos no bairro da Torre, na Capital. Cleiton Luis da Silva, 19 anos, foi atingido por vários disparos na cabeça e foi socorrido por uma viatura da Força Tática do 1º Batalhão para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. De acordo com o cabo Cavalcante, o rapaz estava amordaçado com uma fita isolante na boca e com as mãos amarradas para trás. Ele foi encontrado ao lado a Igreja Santa Júlia, na Rua Pedro Pinto.
6 – Um homem foi morto próximo ao Hospital Samaritano. A polícia acredita que a morte de Cleiton pode ter ocorrido em outro local e que os acusados teriam jogado o corpo no bairro da Torre.
7- Às 20h45, em Lerolândia, José Sandro Martins, 27 anos, foi assinado a tiros. Informações repassadas por testemunhas dão conta de que a vítima tinha recebido o salário nesta quinta e estava na usina quando foi surpreendido pelos acusados. O celular da vítima foi levado pelos bandidos.
8 – Por volta de 22h49, a Polícia Militar foi acionada para averiguar a informação de que havia uma pessoa morta por trás da garagem da Empresa Bonfim. Ao chegar ao local, os policiais encontraram o corpo de Geovane, conhecido por Ninão, aparentando 21 anos. Ele morava no bairro do Rangel e seria era aliado de Jardel, conhecido como o Terror de Cruz das Armas.
9 – Já no Cidade Verde, o jovem Aderlan Porto Gonçalves, 18 anos, foi assassinado à tiros, quando caminhava na Rua João Batista da Silva.
10 – Nesta manhã, outro homicídio, desta vez na localidade Torre de Babel no Valentina Figueiredo.
Fotos: Emerson Machado