A partir desta quarta-feira (23), os deputados paraibanos estarão proibidos de entrarem armados no Plenário da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). A decisão anunciada pelo presidente da Casa, Adriano Galdino (PSB), levou em consideração uma queixa do parlamentar Hervázio Bezerra (PSB).
Galdino destaca que o regimento interno da ALPB veda o uso de armas por servidores e deputados nas dependências do parlamento, exceto para funcionários que atuam na segurança. Uma revista obrigatória será feita para evitar a entrada de revólver ou equipamento semelhante ao Plenário.
Apesar de reconhecer o equilíbrio dos colegas Wallber Virgolino (Patriota) e Cabo Gilberto Silva (PSL), integrantes das forças de segurança e com porte de arma, Hervázio Bezerra alertou para o risco em meio a debates mais intensos.
“O deputado Wallber Virgolino é delegado fora da Assembleia, no Plenário ele é deputado. Quero chamar atenção e reflexão para isto, com a responsabilidade que temos. Esse tema já foi tema de vários debates. Um vereador ou um deputado pode atirar. Imagina em um troca de tapas no Congresso, se um ali está armado, ninguém sabe o seu limite”, ressaltou.
Durante a sessão desta terça-feira (22), Cabo Gilberto lembrou de um encontro acontecido entre ele e Bezerra fora da Assembleia, afirmando que não estava armado no momento. “Não sei de onde ele tirou isso. Eu não estava armado. Minha arma fica com os policiais que me acompanham e eu só volto a usar quando saio, que é uma prerrogativa minha e vou usar quando achar necessário”, afirmou.
Já o deputado Wallber Virgolino mostrou-se insatisfeito com a determinação do presidente da ALPB e ameaçou dar voz de prisão para aqueles que tentarem tirar sua arma na entrada do Plenário, alegando estar resguardado pela legislação